Temos visto recentemente uma onda de
ataques injustificáveis ao nosso presidente. O que querem seus críticos? Tirar
do cargo um sujeito legitimamente eleito e cheio de virtudes.
Se ele se excede em suas explosões
verborrágicas e fala insanidades capazes de fazer corar qualquer cidadão medianamente
esclarecido, isso deveria ser motivo de aplauso. Enfim, temos um dirigente que
fala o que pensa, fala sem pensar ou fala por que não pensa. Nada mais autêntico
para confrontar os enfadonhos tempos do politicamente correto.
Chega de governantes que nos enrolam com
palavras rebuscadas e pomposas. Não. Agora temos no poder um legítimo bronco, genuíno
representante do povo brasileiro. O homem certo no lugar certo.
Quais os
atributos que se espera do homem mais poderoso do país? Bom senso? Sabedoria? Diálogo?
Ponderação? Prudência? Sem essa! Tivemos tantos governantes com nobres predicados
e continuamos mergulhados no atoleiro. Talvez um rato de esgoto, familiarizado
com esse ambiente sórdido, consiga melhor sucesso na empreitada. Deixemos o
rato (digo, o homem) chafurdar (digo, trabalhar) em paz.
Dele não podemos exigir rompantes
intelectuais. O coitado recebeu uma instrução pífia. No colégio militar não lhe
foram ensinados valores como respeito, diplomacia, modos refinados, atitudes
cavalheirescas. Aprendeu apenas a dar e cumprir ordens e combater sem tréguas o
sempre ardiloso inimigo esquerdista. Conflitos e desavenças devem ser
resolvidos não com negociação mas com baionetas. Teve uma formação rude mas
aprendeu a ser um macho de verdade, aquele que coloca a mulherada e a viadagem
no devido lugar.
O coitado foi preparado para ser um reles
e bitolado recruta que enxerga a sociedade como um pelotão. Despreza índios, quilombolas,
artistas, jornalistas, educadores, veganos, ecologistas e todos os que não trazem
as características uniformes do rebanho. Com sua (falta de) qualificação, jamais
poderia imaginar que pudesse alçar a voos tão altos.
Estaria mais à vontade sendo dono de um boteco
na zona de baixo meretrício em Vila Mimosa. Ao invés de intelectuais e pessoas
proeminentes, estaria bebendo cerveja com gente de seu nível cultural, falando
palavrões e conversando com cafetões sobre futebol e putaria.
Mas o homem não se curvou à mediocridade
que a vida parecia lhe destinar. No país onde se destacam deploráveis duplas
sertanejas, pastores charlatões e apresentadores de TV semi-analfabetos, ele
certamente iria ascender ao elevado posto que as circunstâncias haveriam de lhe
reservar.
Quis o destino que uma facada redentora conduzisse-o
à presidência da Nação.
Quem o elegeu certamente está satisfeito
com sua performance vulgar e seu palavreado varzeano. Digno arauto das aspirações do povaréu ignorante e preconceituoso que agora tem uma representação à altura de sua mediocridade.
Pessoas que adoram rinhas e rodeios, piadas racistas, filmes de ação e sacanagem, vibram
com programas imbecis de auditório, gostam de passar rasteira no próximo, ludibriar
o radar de trânsito, furar filas, jogar entulho no bueiro, comprar mercadoria
roubada. Esse é o nosso povo. Queriam que elegesse quem? Joaquim Nabuco? Ruy
Barbosa? Ulysses Guimarães?
Estamos legitimamente representados. Um asno na presidência é a cara do Brasil.
Parem de criticar o homem.
Não foram vocês que o colocaram lá?