quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

EM DEFESA DO PRESIDENTE



Temos visto recentemente uma onda de ataques injustificáveis ao nosso presidente. O que querem seus críticos? Tirar do cargo um sujeito legitimamente eleito e cheio de virtudes.
Se ele se excede em suas explosões verborrágicas e fala insanidades capazes de fazer corar qualquer cidadão medianamente esclarecido, isso deveria ser motivo de aplauso. Enfim, temos um dirigente que fala o que pensa, fala sem pensar ou fala por que não pensa. Nada mais autêntico para confrontar os enfadonhos tempos do politicamente correto.
Chega de governantes que nos enrolam com palavras rebuscadas e pomposas. Não. Agora temos no poder um legítimo bronco, genuíno representante do povo brasileiro. O homem certo no lugar certo.
Quais os atributos que se espera do homem mais poderoso do país? Bom senso? Sabedoria? Diálogo? Ponderação? Prudência? Sem essa! Tivemos tantos governantes com nobres predicados e continuamos mergulhados no atoleiro. Talvez um rato de esgoto, familiarizado com esse ambiente sórdido, consiga melhor sucesso na empreitada. Deixemos o rato (digo, o homem) chafurdar (digo, trabalhar) em paz.
Dele não podemos exigir rompantes intelectuais. O coitado recebeu uma instrução pífia. No colégio militar não lhe foram ensinados valores como respeito, diplomacia, modos refinados, atitudes cavalheirescas. Aprendeu apenas a dar e cumprir ordens e combater sem tréguas o sempre ardiloso inimigo esquerdista. Conflitos e desavenças devem ser resolvidos não com negociação mas com baionetas. Teve uma formação rude mas aprendeu a ser um macho de verdade, aquele que coloca a mulherada e a viadagem no devido lugar.
O coitado foi preparado para ser um reles e bitolado recruta que enxerga a sociedade como um pelotão. Despreza índios, quilombolas, artistas, jornalistas, educadores, veganos, ecologistas e todos os que não trazem as características uniformes do rebanho. Com sua (falta de) qualificação, jamais poderia imaginar que pudesse alçar a voos tão altos.
Estaria mais à vontade sendo dono de um boteco na zona de baixo meretrício em Vila Mimosa. Ao invés de intelectuais e pessoas proeminentes, estaria bebendo cerveja com gente de seu nível cultural, falando palavrões e conversando com cafetões sobre futebol e putaria.
Mas o homem não se curvou à mediocridade que a vida parecia lhe destinar. No país onde se destacam deploráveis duplas sertanejas, pastores charlatões e apresentadores de TV semi-analfabetos, ele certamente iria ascender ao elevado posto que as circunstâncias haveriam de lhe reservar.
Quis o destino que uma facada redentora conduzisse-o à presidência da Nação.
Quem o elegeu certamente está satisfeito com sua performance vulgar e seu palavreado varzeano.  Digno arauto das aspirações do povaréu ignorante e preconceituoso que agora tem uma representação à altura de sua mediocridade.
Pessoas que adoram rinhas e rodeios, piadas racistas, filmes de ação e sacanagem, vibram com programas imbecis de auditório, gostam de passar rasteira no próximo, ludibriar o radar de trânsito, furar filas, jogar entulho no bueiro, comprar mercadoria roubada. Esse é o nosso povo. Queriam que elegesse quem? Joaquim Nabuco? Ruy Barbosa? Ulysses Guimarães?
Estamos legitimamente representados. Um asno na presidência é a cara do Brasil.
Parem de criticar o homem.
Não foram vocês que o colocaram lá?