sexta-feira, 22 de novembro de 2024

ROCK BRASIL - OS 200 MAIORES ROCKS NACIONAIS DO SÉCULO XX (8ª PARTE)

 Segue a 8ª parte da relação dos 200 rocks nacionais, segundo os critérios de receptividade do público e relevância dentro do cenário musical.

 

141) MARINA – NOSSO ESTRANHO AMOR

Marina é rock? Essa singular cantora e compositora parece estar acima de rótulos e classificações. Com a mesma qualidade e elegância com que gravou rocks de Lobão, Roberto & Erasmo, Rita Lee, Lulu Santos, Herbert Vianna, Kiko Zambianchi, Cazuza, Arnaldo Antunes, Frejat, Dalto, Samuel Rosa e Leo Jaime, interpretou temas de Dolores Duran, Jobim, Paulinho da Viola, Gil e Caetano. Aliás, é de Caetano (com a participação do mesmo) uma de suas primeiras canções (rocks?): NOSSO ESTRANHO AMOR, pertencente ao álbum OLHOS FELIZES (1980), o 2º de sua carreira. Das 10 faixas, 5 são de sua autoria conjunta com seu irmão e mais assíduo parceiro, o filósofo, crítico literário e membro da ABL Antônio Cícero. Por tal currículo e tantas contribuições para a MPB (e para o rock), Marina Lima guarda mágoas de nunca ter sido convidada para o Rock in Rio.

 

142) GUILHERME LAMOUNIER – SERÁ QUE EU PUS UM GRILO NA SUA CABEÇA?

A música do cantor, compositor e multi-instrumentista carioca chegou ao grande público através de Fábio Jr e Sandy & Júnior (cujas gravações de ENROSCA tornaram-se hits), o que, reforçado ao fato de ter sido de início patrocinado pelo mago da Jovem Guarda, Carlos Imperial, dá uma falsa ideia da natureza de sua arte. Poucos sabem de sua parceria com Tibério Gaspar (autor, em coautoria com Antônio Adolfo, de SÁ MARINA, BR-3 e TELETEMA) ou das versões de suas canções por nomes como Zizi Possi, Frenéticas, Paulinho Moska, Roupa Nova, Kid Abelha, Celso Fonseca, Rosa Maria, Sandra Pêra, Zezé Motta e Dulce Quental. Em vida, Lamounier teve apenas 3 álbuns (todos autodenominados), o mais famoso, o de 1973, com a participação de Lanny Gordin (guitarras), Wagner Tiso (teclados) e Oberdan Magalhães, fundador da banda Black Rio (sopros), tornou-se referência do rock psicodélico.

 

143) NUNO MINDELIS – BLUES ON THE OUTSIDE

O exímio bluesman transita em seus diversos álbuns livremente do blues tradicional ao blues-rock, sendo reconhecido como um dos melhores guitarristas do Brasil (na verdade, originário de Angola, veio para cá adolescente). A prestigiada revista Guitar Player em seu 30º aniversário, elegeu-o melhor guitarrista de blues do mundo! Gravou 2 álbuns ao lado da Double  Trouble, lendária banda de apoio a Stevie Ray Vaughan: TEXAS BOUND (1996) pelo selo Eldorado e BLUES ON THE OUTSIDE (1999) pela Trama, com destaque para a faixa-tema. Em 2020, inovou gravando ANGOLA BLUES, álbum com músicas tradicionais de sua terra natal, ao ritmo de blues.

 

144) WANDER WILDNER – BEBENDO VINHO

Chamado de rei do ‘punk brega’, o ex-vocalista dos Replicantes partiu para a carreira individual onde (sem abrir mão da postura punk) valoriza canções românticas. Brincando com o próprio nome, dizia ser “um pouco Wando, um pouco Wild”.  Imbuído dessa proposta, o cantor gaúcho gravou seu primeiro álbum BALADAS SANGRENTAS (1997), onde se destaca a faixa BEBENDO VINHO (que se tornou nacionalmente conhecida na versão do Ira!). A música, bastante conhecida no Sul, recebeu uma adaptação em homenagem ao Grêmio, time do coração de Wander, sendo entoada pela torcida do tricolor gaúcho. O curioso é que, apesar da canção, Wander afirmou em entrevista ao Correio do Povo que abandonou o álcool.

 

145) PAULA TOLLER – DERRETENDO SATÉLITES

O único álbum da vocalista do Kid Abelha antes da virada do século, de 1998, ressalta suas virtudes de intérprete de composições bem distintas de sua banda de origem, um repertório de clássicos de samba e MPB (Noel Rosa, Assis Valente, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho, Dominguinhos), além de FLY TO THE MOON (Frank Sinatra) e PATIENCE (Guns n’Roses). O destaque é a faixa de abertura, DERRETENDO SATÉLITES, de sua autoria em parceria com Herbert Vianna. A outra composição própria, OITO ANOS alcançaria sucesso anos depois na voz de Adriana Calcanhotto (álbum ADRIANA PARTIMPIM de 2004, voltado para o público infantil).

 

146) TIJUANA – TROPA DE ELITE

O grupo paulista faz parte da 3ª safra de bandas roqueiras, surgidas nos anos 90, mesclando rock com rap, reggae e música latina. Seu disco de estreia, ILEGAL (2000), traz o maior hit do grupo, TROPA DE ELITE, utilizado no controverso filme homônimo de José Padilha. Ao contrário do que se imagina, a canção não foi feita para a película (que é de 2007), tendo sido indicada para a trilha pelos próprios policiais do Bope que a admiravam. O vocalista Egypcio posicionou-se contra seu uso sem autorização em manifestações da extrema direita e agiu para reverter a situação. O álbum traz também uma versão de CLANDESTINO, consagrado hit de Manu Chao. Participam do disco os saxofonistas Bocato e Leo Gandelman.

 

147) JOÃO PENCA E SEUS MIQUINHOS AMESTRADOS – CALÚNIAS (TELMA, EU NÃO SOU GAY)

O conjunto de rockabilly e surf music formado por um grupo de amigos no bairro do Leblon, RJ, surgiu acompanhando Eduardo Dusek no álbum CANTANDO NO BANHEIRO, cujo hit ROCK DA CACHORRA fora composto por Leo Jaime, vocalista da banda. A marca registrada do grupo era a irreverência. OS MAIORES SUCESSOS DE JOÃO PENCA... (1983), ao contrário do que o título possa sugerir, não é uma coletânea, mas o álbum de estreia, que continha TELMA, EU NÃO SOU GAY, paródia do hit TELL ME ONCE AGAIN dos Light Reflections  (banda paulista que se fazia passar por americana), tendo a participação de Ney Matogrosso. O disco trazia outros 2 covers debochados: EDMUNDO (do original IN THE MOOD da orquestra de Glenn Miller) e URSINHO (de TEDDY BEAR de Elvis Presley). Além de Ney, participam do disco Lulu Santos, Leo Gandelman e Chacrinha.

 

148) VINÍCIUS CANTUÁRIA – SÓ VOCÊ

O cantor e compositor manauara, hoje nome consagrado da MPB, tem currículo invejável de colaborações com astros nacionais como Caetano (fez parte d’A Outra Banda da Terra), Chico, Marcos Valle e Zeca Baleiro e internacionais como Arto Lindsey, David Byrne e Jesse Harris (músico vinculado a nomes do jazz como Norah Jones e Madeleine Peyroux). Tem importância crucial também para o rock, tendo integrado 2 grupos fundamentais do gênero: O Terço e Tigres de Bengala (ao lado de Ritchie, Cláudio Zoli, Dadi e Mú). Participou também da Banda Atômica de apoio a Jorge Mautner (junto a Arnaldo Brandão e Nélson Jacobina). O álbum SUTIS DIFERENÇAS (1984) revelou o grande hit de sua carreira, SÓ VOCÊ, também sucesso com Fábio Jr. A música foi ainda regravada por Tim Maia, Fagner, Capital Inicial e Frejat.

 

149) TNT – CACHORRO LOUCO

Tirando os maiores centros, SP e RJ (e talvez, Brasília), o Rio Grande do Sul é o maior polo de BRock do país com bandas fundamentais como Engenheiros do Hawaii, Cachorro Grande, Nenhum de Nós, Replicantes e tantas outras. O TNT está no pacote, fazendo um rock gostoso, simples e honesto apropriado para dançar e baseado em bandas dos anos 60 e 70, o que lhes valeu o título de ‘Beatles dos Pampas’. Sua importância também decorre do fato de ter revelado 2 expoentes que adquiriram brilho próprio: Flávio Basso (que adotou o pseudônimo de Jupiter Maçã) e Nei Van Sorria (ambos viriam a se juntar depois aos Cascavelletes). O álbum de estreia de 1987, com capa inspirada no álbum POWER CORRUPTION AND LIES do New Order, revelou os hits CACHORRO LOUCO e ANA BANANA.  

 

150) AGUILAR E BANDA PERFORMÁTICA - VOCÊ ESCOLHEU ERRADO SEU SUPER HERÓI 

O artista plástico multimídia paulista José Roberto Aguilar formou nos anos 70 a Banda Performática com uma proposta vanguardista. O grupo incluía, dentre outras feras, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos (ambos viriam a integrar os Titãs) e o guitarrista Lanny Gordin (remanescente da tropicália) e lançou de forma independente um álbum em 1982 anticomercial e anárquico, produzido por ninguém menos do que Belchior. A faixa de abertura VOCÊ ESCOLHEU ERRADO SEU SUPER HERÓI caiu nas mãos das Frenéticas, surpreendentemente tornando-se um de seus maiores hits. Após um interregno em que Aguilar foi em missão espiritual para a Índia, tornando-se discípulo de Rajneesh, o artista recompôs o grupo musical (agora Orquestra Performática) com a participação de André Jung (do Ira!).

 

151) FEVERS – ELAS POR ELAS

O iê-iê-iê durou pouco mas The Fevers persistiu por décadas com dezenas de hits e milhões de discos vendidos, firmando-se como o mais bem sucedido grupo de bailes do país. Consagraram-se sobretudo por suas interpretações de hits estrangeiros, a maioria vertidos para o português por Rossini Pinto (campeão absoluto nessa função, na Jovem Guarda), obtendo maior sucesso que os originais: MAR DE ROSAS (“Rose Garden”, Lynn Anderson), VEM ME AJUDAR (“Get me Some Help”, Toni Orlando), CÂNDIDA (“Candida”, Tony Roland), SOU ASSIM (“C´Est Ma Vie”, Adamo). Além disso, o grupo carioca deu suporte instrumental para os principais nomes do movimento (Roberto, Erasmo, Wanderléa, Golden Boys, Eduardo Araújo, Jorge Ben etc.). Não bastasse, ainda emplacaram em 2 temas de abertura de novelas da Globo: ‘Guerra dos Sexos’ (1993) e ‘Elas por Elas’ (1982).

 

152) SERGUEI – ROCK DO PAPAI

O cantor e compositor carioca Sérgio Augusto (Serguei) morreu em 2019 aos 85 anos sem conhecer o sucesso comercial. Tornou-se, porém, um ícone por ter sido ‘oficialmente’ o primeiro artista a abraçar o rock no país. E também por ser precursor do glam, exibindo em seus shows um visual andrógino. Assumia-se desde cedo como “pansexual” (ter atração sexual por pessoas independente do sexo) numa época em que essas questões não eram ventiladas com tanta aquiescência. Gravou inúmeros singles e apenas um LP, em 1991 pela BMG com destaque para a faixa ROCK DO PAPAI. Em 2013 foi disponibilizado o álbum PSICODÉLICO, coletânea dos singles do período 1966 a 1975.

 

153) CILIBRINAS DO EDEN - MAMÃE NATUREZA

MAMÃE NATUREZA foi o 1º  hit de Rita Lee, após sua saída d’Os Mutantes. O que poucos sabem é que essa música era originalmente do conjunto Cilibrinas do Eden, formado por Rita e sua amiga Lúcia Turnbul, assim como ela, cantora, guitarrista e paulistana, tendo sido gravada (com um arranjo diferente) um ano antes de aparecer no álbum ATRÁS DO PORTO TEM UMA CIDADE (1974) de que era o carro-chefe. O único disco das Cilibrinas nunca foi liberado para o mercado nacional pela Universal que detinha os direitos, tendo sido lançado no exterior por uma pequena gravadora europeia, sem os devidos créditos, o que em tese configuraria pirataria. O álbum, que se tornou uma relíquia, traz ainda BAD TRIP que, recauchutada, passou a ser SHANGRI-LÁ (do álbum LANÇA PERFUME) e GENTE FINA É OUTRA COISA que se transformou em LOCOMOTIVAS, entrando na trilha da novela homônima.    

 

154) LENO E LÍLIAN – EU NÃO SABIA QUE VOCÊ EXISTIA

Não dá para imaginar a Jovem Guarda sem Leno e Lílian. Essa dupla fez um sucesso retumbante com seu primeiro compacto pela CBS contendo, de um lado, DEVOLVA-ME (ressuscitada mais recentemente por Adriana Calcanhotto) e, de outro, POBRE MENINA, campeãs de execução no rádio em 1966. O 1º LP, do mesmo ano, veio com essas duas pérolas românticas e outra mais, EU NÃO SABIA QUE VOCÊ EXISTIA de Renato Barros (do Renato e seus Blue Caps) com Pedrinho da Luz dos Fevers arrepiando na guitarra. No ano seguinte, antes do lançamento do 2º LP, a dupla se desfez. Mais tarde, sob o comando de Raul Seixas (na época, Raulzito), voltaram a se reunir mas sem o mesmo êxito. Seguindo carreira solo, Lilian Knapp teve mais 2 discos de sucesso enquanto Leno passou a ser Gileno e buscou novos rumos musicais.

 

155) SÉRGIO SAMPAIO – TODO MUNDO ESTÁ FELIZ

O álbum SOCIEDADE GRÃ-ORDEM KAVERNISTA APRESENTA SESSÃO DAS 10 foi um projeto amalucado que reuniu Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star lançado pela CBS em 1971. A gravadora aparentemente não conhecia detalhes, tanto que os executivos da multinacional mandaram recolher todas as cópias existentes no mercado 15 dias após seu lançamento. O trabalho foi ignorado pelo público e pela imprensa, com exceção, ao que consta, do poeta Torquato Neto e do jornalista e filósofo Luiz Carlos Maciel, nomes ligados à contracultura tupiniquim. O fato é que o álbum se tornou lendário no cenário underground e pelos fãs do ‘maluco beleza’ sendo reeditado em CD. Sérgio Sampaio viria a fazer sucesso 2 anos depois com seu mega-hit EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA (produzido por Raul).

 

156) LUNI – THE BEST

Esse sui generis grupo paulistano que reuniu 8 artistas provindos de diversas áreas culturais e tinha como vocalista a atriz e comediante Marisa Orth (que também integraria mais tarde a banda Vexame) se caracterizou pelo ecletismo de ritmos e pela irreverência reproduzidos nas apresentações ao vivo. O sucesso das performances rendeu-lhes um contrato com a Warner pela qual gravaram seu único LP de 1988 (lançado também em CD pela série Arquivos) com destaque para a faixa THE BEST. O tema de abertura da novela Que Rei Sou Eu?, O RAP DO REI tornou a banda nacionalmente conhecida, tendo sido  incluída na segunda tiragem do álbum.

 

157) VANUSA – PARALELAS

A louríssima cantora paulista foi estigmatizada como uma intérprete ‘menor’, ligada à Jovem Guarda. Nada mais equivocado: de sua discografia de quase 20 álbuns, o único que pode ser creditado a esse gênero é o 1º, puxado pelo hit PRA NUNCA MAIS CHORAR de Eduardo Araújo e Carlos Imperial. Após o lamentável episódio de (sob o efeito de medicamentos para labirintite) ter-se atrapalhado ao cantar o hino nacional, tornou-a reclusa até ser reabilitada por Zeca Baleiro, gravando o álbum por ele produzido VANUSA SANTOS FLORES, o último de sua carreira. Outra polêmica foi sua gravação em inglês de WHAT TO DO?, a que se atribui espantosa semelhança com SABBATH BLOODY SABBATH do Black Sabbath, gravada 5 meses após (plágio?). Destaque para sua sensível versão para o álbum AMIGOS NOVOS E ANTIGOS (1975) de PARALELAS, clássico de Belchior.

 

158) GOTA SUSPENSA – VOYAGE

Esse conjunto paulista, cujo núcleo daria origem ao grupo new wave Metrô (do hit BEAT ACELERADO), incluindo a vocalista Virginie, tinha em princípio uma proposta totalmente diferente, mais voltada para o rock progressivo e experimental, com predominância do som instrumental. Entre seus integrantes, Tavinho Fialho que tocou com Arrigo Barnabé no icônico CLARA CROCODILO, além de fazer parte da Outra Banda da Terra que acompanhou Caetano. O único álbum editado em 1983 em vinil de forma independente pelo selo Underground, nunca foi lançado em CD, e hoje é disputadíssimo pelos aficionados no gênero. Pudera! O som é de altíssima qualidade como na suíte VOYAGE de mais de 8 minutos, repleta de variações melódicas hipnóticas que remetem ao som de grupos progressivos europeus de primeira linha.

 

159) DR. SIN – FUTEBOL, MULHER E ROCK N’ROLL

Um dos maiores grupos nacionais de hard rock, o Dr. Sin, conseguiu a proeza de obter um contrato com a poderosa Warner logo para o 1º álbum (1993). A gravadora viu o potencial da banda paulista e lançou com sucesso o disco em diversos países. O álbum revelou o hit EMOTIONAL CATASTROPHE. O 2º álbum, BRUTAL (1995), mereceu lançamento exclusivo para o mercado japonês como SILENT SCREAM. INSINITY (1997), que veio a seguir, revelou outro hit, FUTEBOL, MULHER E ROCK N’ROLL, a primeira cantada em português e que contou com a presença do debochado locutor Sílvio Luís, narrando e presumivelmente tocando guitarra. Entre as beldades-objeto que aparecem no clipe de divulgação a então pouco conhecida Mariana Ximenes.

 

160) KARMA – TRANSE UMA

Essa banda carioca teve curta duração, porém o LP por ela lançado em 1972 (em que se destaca a faixa instrumental TRANSE UMA) tornou-se preciosidade disputada no mercado de usados a peso de ouro. Seu líder foi o guitarrista Jorge Amiden (falecido em 2014 por problemas decorrentes do uso de drogas) que tocou com O Terço e na banda de apoio de Milton Nascimento, famoso por sua ‘tritarra’, guitarra com  3 braços. Antes do seu único álbum, o grupo participou do FIC com a canção DEPOIS DO PORÃO, lançada em compacto. O som psicodélico do álbum é uma mescla de rock rural com progressivo. Destacam-se as participações no álbum que incluem Gustavo Schroeter (Bolha, Cor do Som), Oberdan Magalhães (Banda Black Rio) e do gaitista Rildo Hora, com arranjos de Arthur Verocai. 

 

 

 

OS 200 MAIORES ROCKS NACIONAIS DO SÉCULO XX (6ª PARTE):

https://oquedemimsoueu.blogspot.com/2024/11/rock-brasil-os-200-maiores-rocks.html

OS 200 MAIORES ROCKS NACIONAIS DO SÉCULO XX (7ª PARTE):

https://oquedemimsoueu.blogspot.com/2024/11/rock-brasil-os-200-maiores-rocks_17.html

 

 

OS 100 MAIORES ROCKS NACIONAIS DO SÉCULO XX:

  https://oquedemimsoueu.blogspot.com/2020/08/rock-brasil-os-100-maiores-rocks-do.html

 

 

 

 

 

domingo, 17 de novembro de 2024

ROCK BRASIL - OS 200 MAIORES ROCKS NACIONAIS DO SÉCULO XX (7ª PARTE)

 Segue a 7ª parte da relação dos 200 rocks nacionais, segundo os critérios de receptividade do público e relevância dentro do cenário musical.

 

121) SÉRGIO DIAS – TUDO FOI FEITO PELO SOL

A bem da verdade, esse álbum deveria ser creditado aos Mutantes, já referenciado nessa relação com sua formação clássica. Desfalcado de seus maiores nomes, Arnaldo Baptista e Rita Lee, a banda passou por uma mudança radical sob o comando de Sérgio Dias, o integrante remanescente do trio original, assumindo a virada progressiva. Creditado aos Mutantes, o álbum TUDO FOI FEITO PELO SOL, além de Sérgio nas guitarras, tem a presença do prestigiado pianista Túlio Mourão. O disco, desprezado como um trabalho menor do grupo (desprovido de suas maiores estrelas), com o tempo adquiriu inesperado prestígio, inclusive no exterior, ganhando a dimensão inimaginável de ser um dos principais registros do rock brazuca de todos os tempos! A faixa-tema, de quase 9 minutos, é de autoria de Sérgio.

 

 

122) LEONI – GAROTOS II - O OUTRO LADO

Baixista e principal compositor do Kid Abelha e frontman dos Heróis da Resistência, Leoni foi autor (ou coautor) de grandes hits dos 2 grupos como FIXAÇÃO, COMO EU QUERO, FÓRMULA DO AMOR, LÁGRIMAS E CHUVA, PINTURA ÍNTIMA, OS OUTROS, DOUBLÉ DE CORPO, SÓ PRO MEU PRAZER. É dele também EXAGERADO, um dos maiores sucessos de Cazuza. O artista carioca sustentou também carreira individual com diversos álbuns, apenas um antes dos anos 2000 (o de 1993), justamente o que revelou o maior sucesso de sua fase solo, GAROTOS II - O OUTRO LADO, um soft rock que tocou ad nauseam nas FMs. Trata-se de uma resposta masculina a Paula Toller (com quem foi casado), referente à canção GAROTOS do repertório do Kid Abelha.

 

 

123) VIMANA – ZEBRA

Inacreditável banda de rock progressivo que, em fases distintas, reuniu 3 monstros sagrados do BRock, pouco conhecidos à época: Lulu Santos (vocal e guitarra), Ritchie (vocal e flauta) e Lobão (bateria), chegando a contar brevemente com a colaboração de ninguém menos do que Patrick Moraz, histórico tecladista do Yes, que intencionava mantê-la como sua banda de apoio. O único registro fonográfico foi um compacto simples, lançado pela Som Livre, trazendo de um lado, ZEBRA e do outro, MASQUERADE. Chegaram a esboçar um álbum que não prosperou pois, além de divergências internas, contaram com a má vontade da gravadora que não via potencial na proposta, apesar de contarem com apreço de Nélson Motta que os considerava “um dos melhores grupos de rock brasileiros”. Com a dissolução, os integrantes partiram para bem sucedidas carreiras solo.

 

124) OS BRAZÕES – MÓDULO LUNAR

Os Brazões tornaram-se conhecidos por ser a banda de apoio a Gal Costa, fase tropicalista. Lançaram um único álbum, em 1969, pela RGE (gravadora encampada pela Som Livre) que se tornou cobiçado por colecionadores em vista de o grupo ser apontado como um dos precursores do rock psicodélico nacional, o que motivou o lançamento do trabalho em CD e a reedição em LP pela Polysom. Com um repertório calcado em expoentes da MPB como Gil, Tom Zé e Jorge Ben, o grupo agregava ritmos como o samba e o R&B. Destaque para duas faixas compostas pela dupla Jards Macalé/Capinam: a consagrada GOTHAM CITY (participante do Festival Internacional da Canção de 1969) e a lisérgica MÓDULO LUNAR.

 

125) GOLDEN BOYS – ALGUÉM NA MULTIDÃO

The Platters, épico grupo vocal americano, dos mega-hits ONLY YOU, SMOKE GET IN YOUR EYES e THE GREAT PRETENDER, teve um digno congênere nacional. Os afinadíssimos Golden Boys fizeram bastante sucesso na época da Jovem Guarda, sobretudo com versões de BUS STOP dos Hollies (PENSANDO NELA) e MICHELLE dos Beatles. Mas seu maior hit foi ALGUÉM NA MULTIDÃO de Rossini Pinto do álbum homônimo (1966). Partiu deles a mais bela homenagem musical que a seleção brasileira de futebol recebeu pela conquista do tricampeonato: SOU TRICAMPEÃO. Com o fim da Jovem Guarda, foram requisitados por figurões da MPB. Vocalizaram a canção MATANÇA DE PORCO, clássico instrumental do grupo Som Imaginário, ao lado de Milton Nascimento, além de participarem de ANDANÇA (grande sucesso de Beth Carvalho) e TERRA DE NINGUÉM (com Marcos Valle).

 

126) RENATO RUSSO – CATHEDRAL SONG

O artista carioca é relembrado como líder, cantor e principal compositor do Legião Urbana. Sua carreira solo pouco se assemelha ao trabalho com o grupo que formou em Brasília, consistindo de 4 álbuns: THE STONEWALL CELEBRATION CONCERT (1994); EQUILÍBRIO DISTANTE (1995, com uma seleção bem pessoal de temas italianos, onde se destacam 4 canções de Laura Pausini); O ÚLTIMO SOLO (álbum póstumo de 1997 com gravações não aproveitadas nos 2 primeiros álbuns); e O TROVADOR SOLITÁRIO (2008, acompanhado apenas de um violão com gravações recuperadas a partir de fitas cassete). THE STONEWALL..., o mais elogiado dos 4, cantado em inglês, traz um repertório eclético de vários standards com destaque para CATHEDRAL SONG, original de Tanita Tikaram, gravada também por Zélia Duncan.

 

127) SEX BEATLES – PÉSSIMA

Trata-se de uma quase despercebida banda carioca com trajetória meteórica, tendo lançado apenas 2 álbuns, AUTOMOBILIA (1994) e MONDO PASSIONALE (1995, com destaque para a faixa PÉSSIMA). Tornou-se posteriormente objeto de interesse pela inesperada projeção de 3 de seus integrantes: Alvin L consagrou-se um dos mais requisitados compositores da música pop (sobretudo pelo trabalho junto ao Capital Inicial); a vocalista Cris Braun lançou-se na carreira solo, lançando diversos álbuns e fazendo parceria com Paula Toller e George Israel dentre outros; Dado-Villa Lobos do Legião que participou brevemente, usando pseudônimo. A banda voltou a se reunir para gravar em 2022 um compacto com a canção OUI, JE REGRETTE TOUT como resposta ao famoso tema de Edith Piaf, NON JE REGRETTE RIEN.

 

128) MAR REVOLTO - CHÁXAXADO

O álbum de 1979 desse pouco conhecido conjunto de rock baiano é uma preciosidade musical. O grupo, que chegou a contar entre seus integrantes com ninguém menos do que Carlinhos Brown, então com 17 anos, era apreciado apenas em Salvador com um repertório de rock recheado com percussão e ritmos baianos. A faixa instrumental CHÁXAXADO lembra bastante os bons momentos d’A Cor do Som e até Hermeto Pascoal. Em 2022, Brown reuniu seus antigos companheiros para gravar o álbum CARLINHOS BROWN É MAR REVOLTO que conta com especialíssimas participações da celebrada ex-vocalista do Nightwish Tarja Turunen, Rita Lee, Jaques Morelenbaum e membros do Angra.

 

129) PREMÊ – SÃO PAULO, SÃO PAULO

O impagável Premeditando o Breque, mais tarde nomeado apenas Premê, foi um dos maiores representantes da ‘vanguarda paulista’ (ao lado de Arrigo, Itamar, grupo Rumo, Língua de Trapo etc.) na virada dos anos 70 para 80, com um repertório de canções debochadas e inteligentes embaladas com MPB, rock e chorinho em sofisticados arranjos. Tiveram toda sua obra lançada num box patrocinado pelo SESC. Chegaram ao grande público através de SÃO PAULO, SÃO PAULO (álbum QUASE LINDO, 1983). Ironicamente, a música foi eleita pelos paulistanos a 2ª que melhor representa a cidade (atrás apenas de TREM DAS ONZE de Adoniran e à frente de SAMPA de Caetano), já que se trata uma sátira jocosa sobre a metrópole, inspirada em NEW YORK NEW YORK, conhecida canção popularizada por Frank Sinatra.

 

130) MARCOS VALLE – MI HERMOZA

O músico, compositor e arranjador carioca, um dos ícones da bossa nova, transitou ao longo de sua carreira, por diferentes ritmos, do baião ao jazz, passando pelo samba, pop, funk, jingles e trilhas para a TV. O álbum VENTO SUL marca sua fase ‘riponga’. Concebido quando se encontrava isolado com amigos em Búzios para vivenciar novas sensações e ampliar suas possibilidades criativas, o álbum flerta com o rock progressivo e a psicodelia, a começar pela figura alucinante da capa, uma representação sua mergulhado num mar de estrelas. A maioria das canções foi escrita com seu irmão e eterno parceiro Paulo César Valle. Participam do disco 3 dos integrantes d’O Terço (Sérgio Hinds, Vinícius Cantuária e César de Mercês) e 2 do Som Imaginário (Fredera e Robertinho Silva). A faixa Mi Hermoza é um mergulho fundo no rock com um belo solo de guitarra.

 

131) BIXO DE SEDA – VÊNUS

Histórica banda gaúcha da primeira geração do rock, inspirada sobretudo em grupos europeus progressivos e de rock básico. Lançaram um único LP, ESTAÇÃO ELÉTRICA, pela gravadora Continental, editado em CD em 2002 pela Warner. Um de seus integrantes, Zé Vicente, era filho de Leonel Brizola, à época exilado. Entre as faixas, UM ABRAÇO EM BRIAN JONES demonstra seu apreço pelos Rolling Stones. Na faixa de abertura, VÊNUS, revelam sua competência musical que, segundo os fãs, era ainda superior nas apresentações ao vivo. A banda teve uma fase anterior, chamada de Liverpool, tendo gravado um álbum com a maioria das faixas de autoria dos importantes compositores gaúchos Hermes de Aquino (uma em parceria com Tom Zé) e Carlinhos Hartlieb.

 

132) DEAD FISH – MODIFICAR

Uma das mais autênticas bandas da segunda safra do gênero punk/hardcore. Ainda que fora do circuito SP/RJ (o grupo proveio de Vitória, ES), conseguiu romper a barreira dos 10 mil discos vendidos, atuando de forma independente. É conhecido por sua intransigente postura engajada. "Sou da escola do João Gordo (Ratos de Porão), do Redson (Cólera) e do Jello Biafra (Dead Kennedys). A minha estética além de ser barulhenta é contestadora, de levar as pessoas a refletirem. É nosso trabalho contestar o fascismo”, afirmou o vocalista Rodrigo Lima. Em MODIFICAR, faixa do álbum SONHO MÉDIO (1999), o grupo manifesta a desilusão pelo fato de as mudanças no país após a redemocratização não terem levado à melhora das condições de vida da população. A partir dos anos 2000, saíram do circuito independente, assinaram com a gravadora Deck e ampliaram seu público.

 

133) OS MULHERES NEGRAS – XAROPE, A LEVADA

A ‘terceira menor big band do mundo’ era como a dupla costumava se proclamar. De fato, nada neles fazia sentido, a começar pelo nome Os Mulheres Negras formado por 2 homens brancos, o multiinstrumentista André Abujamra, (filho do diretor teatral e apresentador Antônio Abujamra) e o saxofonista Maurício Pereira. Em seus 2 álbuns gravados pela Warner, MÚSICA SERVE PRA ISSO (1990) e MÚSICA E CIÊNCIA (1988) que inclui a faixa XAROPE, A LEVADA, trouxeram o absurdo às últimas consequências a começar pelo repertório que, em meio a composições próprias, inclui irreconhecíveis versões de SUMMERTIME (Gershwin), SÓ QUERO UM XODÓ (Dominguinhos), YELLOW SUBMARINE (Beatles) e SAMBA DO AVIÃO (Jobim).

 

134) FRENÉTICAS – PERIGOSA

Os anos 70 assistiram ao declínio do rock clássico e à explosão da disco music. representada por artistas como Donna Summer, KC & Sunshine Band, Chic e Village People. No Brasil, o maior expoente foram as Frenéticas. Convidadas pelo compositor e produtor Nelson Motta para se apresentar na Frenetic Dancin’ Days no RJ, o grupo feminino estourou e seu álbum de estreia (1977) vendeu meio milhão de cópias agregando ao gênero brasilidade e irreverência. A faixa de abertura foi PERIGOSA, rock composto por Rita Lee e Roberto de Carvalho em parceria com Nelson que também assina DANCIN’ DAYS, outro hit. Gonzaguinha entrou com A FELICIDADE BATE A SUA PORTA e O PRETO QUE SATISFAZ (abertura da novela Feijão Maravilha). Outro rock a destacar foi VOCÊ ESCOLHEU ERRADO SEU SUPER HERÓI de Aguillar e a Banda Performática.

 

135) ASDRÚBAL TROUXE O TROMBONE – BLUES DE PASSAGEM

Na verdade, não se trata propriamente de um grupo musical mas uma trupe carioca que incluía Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Evandro Mesquita e o diretor Hamilton Vaz Pereira que revolucionou a cena teatral brasileira. O grupo transgressor teve também influência em programas de humor besteirol como TV Pirata e Casseta & Planeta. Espetáculos como A Farra Da Terra (que nomeou o álbum) e Trate-me Leão misturavam rock com poesia e as canções foram reunidas num álbum lançado pela Universal e apadrinhado por Caetano Veloso (1983). A maioria das faixas foi composta por Péricles Cavalcanti como a faixa BLUES DE PASSAGEM. O disco traz nas guitarras Pedro Luís, líder da banda A Parede.

 

136) INIMIGOS DO REI – UMA BARATA CHAMADA KAFKA

Irreverente banda carioca (dissidente do elogiado grupo Garganta Profunda) que alcançou grande sucesso (100 mil cópias vendidas) com seu álbum de estreia de 1989 que emplacou 2 hits radiofônicos: ADELAIDE, uma versão de YOU’LL BE ILLIN’ do grupo americano de hip hop Run DMC e UMA BARATA CHAMADA KAFKA, referente à obra A Metamorfose do escritor tcheco. O álbum contou com a participação, dentre outros, do guitarrista André Abujamra, do percussionista Marcos Susano e do guitarrista argentino Torcuato Mariano que produziu o disco. O grupo arejou o rock com letras mordazes e inteligentes jogos de palavras. A banda sofreu forte revés com a saída de Paulinho Moska, principal compositor, que partiu para uma bem sucedida carreira solo.

 

137) HERBERT VIANNA – MR SCARECROW

O genial vocalista e guitarrista em sua carreira solo desenvolveu um estilo bem diferente daquele presente nos álbuns dos Paralamas, que simultaneamente liderou. Após 2 álbuns com pequena repercussão, o artista paraibano partiu para um ambicioso projeto com O SOM DO SIM (2000), disco dedicado às mulheres, convidando para tanto um eclético time de acompanhantes femininas com quem cantou em dueto: Fernanda Abreu, Sandra de Sá, Zélia Duncan, Nana Caymmi, Fernanda Takai, Daúde e Cássia Eller, com quem dividiu o blues MR SCARECROW cantado em inglês, além de contar o invejável plantel de músicos que inclui Eumir Deodato, Marcos Valle e Moreno Veloso. Há até uma versão de IN BETWEEN DAYS, do Cure. Esse magnífico álbum foi o último antes do trágico acidente aéreo que retirou parte de suas funções vitais. Cássia, logo depois, morreria de enfarto.

 

138) EGBERTO GISMONTI – JARDIM DOS PRAZERES

Egberto Gismonti rock?! Obviamente o genial músico e compositor e eventualmente cantor mineiro está muito mais para o jazz, flertando vez ou outra com o jazz-rock à la John McLaughlin. Mas não há como negar que, em alguns momentos de sua carreira, o multiinstrumentista mineiro resvalou no rock progressivo, especialmente nos álbuns ACADEMIA DE DANÇAS (1974) e CORAÇÕES FUTURISTAS (1976), talvez influenciado pelo Clube da Esquina, sobretudo pelo Som Imaginário que aliás teve dois de seus integrantes participando dos álbuns: Luiz Alves, no baixo e Robertinho Silva na percussão. O exemplo mais contundente é JARDIM DOS PRAZERES, impressionante faixa do primeiro. Esses 2 trabalhos marcam uma nova fase na carreira do músico, cujas obras tornam-se cada vez mais complexas e audaciosas.

 

139) CIDADÃO QUEM – DIA ESPECIAL

Essa banda gaúcha (com nome inspirado no clássico filme de Orson Welles, “Cidadão Kane”), venerada por seus conterrâneos, não teve o mesmo reconhecimento no resto do país. O frontman Duca Leindecker também participou ao lado de Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii) do projeto Pouca Vogal, (nome decorrente do excesso de consoantes dos sobrenomes alemães da dupla). É famoso também por ser escritor de sucesso e por ter-se casado com a ex-deputada Manuela D’Ávila. Do 3º álbum, SPERMATOZOON (1998), saiu um dos maiores sucessos o grupo, DIA ESPECIAL, que fez ainda mais sucesso com Tiago Iorc. A banda sofreu uma severa baixa, com a morte dos outros 2 membros originais, o baterista Cau Hafner (morto em um desastre de paraquedas) e do baixista Luciano, irmão de Duca, motivando o fim das atividades.

 

140) CATEDRAL – EU QUERO SOL NESSE JARDIM

A banda de Nilópolis, RJ, tem 2 características que a tornam singular perante outros nomes de importância no rock brazuca: a primeira é a espantosa semelhante do timbre de voz do vocalista Kim com Renato Russo, o que aliás, provocou rusgas com Marcelo Bonfá do Legião Urbana. A segunda é que suas canções abordam prioritariamente temáticas cristãs. A excessiva (e malquista) identificação da banda com o chamado ‘rock gospel’ motivou sua ‘conversão’ para o dito ‘mercado secular’ com temas mais amplos, com a intenção de diversificar seu público, motivando a assinatura de um contrato com a Warner que gerou 3 álbuns, o primeiro dos quais, PARA TODO MUNDO (1999) produziu o hit EU QUERO SOL NESSE JARDIM.

 



 

 OS 200 MAIORES ROCKS NACIONAIS DO SÉCULO XX (6ª PARTE):

https://oquedemimsoueu.blogspot.com/2024/11/rock-brasil-os-200-maiores-rocks.html


 

 

OS 100 MAIORES ROCKS NACIONAIS DO SÉCULO XX:

  https://oquedemimsoueu.blogspot.com/2020/08/rock-brasil-os-100-maiores-rocks-do.html