Essa é uma extensão do artigo principal OS 200 MAIORES ROCKS DO SÉCULO XX.
A pedidos, estendemos a listagem dos maiores nomes do rock para 300
itens, mantendo os mesmos critérios que nortearam as relações anteriores, ou
seja: apenas canções do período de 1963 a 2000, cada intérprete tendo direito a
apenas uma canção.
Segue a primeira das 5 partes:
201) TINA TURNER – THE BEST
A cantora americana tornou-se
referência na luta de uma mulher negra contra a opressão. Teve que se submeter
a uma relação de exploração indescritível com seu marido Ike com quem, por
outro lado, formou uma parceria de sucesso (quem não lembra da cativante
interpretação pela dupla de PROUD MARY?). Assim que obteve o divórcio, Tina
deslanchou carreira solo, alcançando a cifra de 100 milhões de discos. Muito
querida no Brasil, reuniu no Maracanã um público superior ao do Fla x Flu. Seu
maior sucesso, THE BEST (com solo de sax de Edgar Winter), é faixa do álbum
FOREIGN AFFAIR (1989). Curiosamente, o disco teve vendas mornas em sua terra
natal (não passou do 30º lugar), mas fez grande sucesso no exterior, alcançando
a posição top em diversos países. THE BEST era originalmente do repertório de
Bonnie Tyler que a gravara um ano antes, porém com repercussão bem mais
modesta. Da letra foi retirada a expressão SIMPLY THE BEST que nomeou uma
coletânea de hits (1991), também campeã de vendas.
202) ERIC BURDON – SPILL THE WINE
A bem da verdade, essa música deveria ser creditada a Eric Burdon & The War já que foi resultado da união do vocalista britânico com o grupo californiano a partir dos anos 70. Eric fora vocalista dos Animals (com repertório calcado em rock e blues) com seu vozeirão facilmente identificado na famosíssima versão do clássico THE HOUSE OF THE RISING SUN (1964). Após a desintegração da banda, residindo em San Francisco, Eric juntou-se ao grupo de funk War. SPILL THE WINE consta no álbum ERIC BURDON DECLARES WAR (1970), primeiro dos dois trabalhos, frutos da parceria. A insólita canção é na maior parte ‘falada’ (ou melhor, ‘devaneada’) por Eric, com a presença de uma insinuante flauta e uma garota ao fundo tagarelando em espanhol, tudo naturalmente, regado a vinho. Apesar de a autoria ser certificada ao grupo, consta que a composição tenha sido apenas de Eric, uma ‘homenagem ao velho México’.
203) BILLY IDOL – EYES WITHOUT A FACE
Ex-integrante do grupo Generation X, o cantor e compositor inglês William Broad, mais conhecido como Billy Idol, egresso do movimento punk, conquistou o mundo com um tema romântico. Sua composição EYES WITHOUT A FACE, a mais baladeira do segundo álbum solo, REBEL YELL (1983), até hoje é habitué das FM’s. O título, extraído do homônimo filme de horror francês (“Les Yeux Sans Visage”) em que um cirurgião comete assassinatos para enxertar traços faciais das vítimas no rosto desfigurado da amada filha acidentada. Nas mãos de Billy, o macabro enredo ganhou ares mais afáveis, apenas um amor desfeito. A face roqueira, porém, se sobreleva quando, ao final, o clima de lirismo é quebrado pela vigorosa guitarra do colaborador Steve Stevens.
204) JONI MITCHELL – A CASE OF YOU
Roberta Joan (‘Joni’) Mitchell é unanimemente
considerada uma das principais vozes femininas do século XX, além de uma exímia
guitarrista e poetisa focada em temas sociais e ambientais, uma espécie de
Dylan de saias. Pintora de mão cheia, desenhou grande parte das capas de seus
álbuns, aliás também por ela produzidos.
Flertou com o jazz, trabalhando com nomes como Jaco Pastorius, Charles
Mingus, Wayne Shorter e Herbie Hancock. Mas seu gênero prevalecente é o
folk-rock com melodias introspectivas que embalaram a geração Woodstock (aliás,
homenageado em uma de suas canções). BLUE (1971), atingindo a marca de um
milhão, é também o álbum mais cultuado da cantora canadense, citado
recorrentemente nas listas de melhores de todos os tempos. Destaque para a
faixa A CASE OF YOU (James Taylor nas guitarras), inspirada em seu
relacionamento com Graham Nash. A canção, presente na trilha do filme “Da Magia
à Sedução”, foi gravada por Prince, Tori Amos, kd Lang e Diana Krall.
205) JOURNEY –
DON´T STOP BELIEVIN’
O AOR (Adults Oriented Rock) e um estilo musical estritamente norte-americano que mescla ingredientes de hard rock e progressivo e visa atingir sucesso comercial com execução em rádios. Assim como o Survivor, o Foreigner e o Boston, o Journey é um expoente típico do gênero. A banda californiana vendeu dezenas de milhões de discos, sendo que, a cada dois comercializados nos EUA corresponde um para o resto do mundo. Seu período áureo coincide com a permanência do potente vocalista Steve Perry à frente, 1979 a 1987, sobressaindo-se os álbuns ESCAPE (1981) e FRONTIERS (1983). O primeiro, o mais bem sucedido, trouxe o megassucesso DON´T STOP BELIEVIN'. Esta power ballad coleciona recordes de execução e downloads. A revista Forbes, voltada para executivos, elegeu-a a canção a mais importante de todos os tempos, em grande parte devido a sua letra motivacional.
206) TRIUMVIRAT – A DAY IN THE LIFE
O grupo é frequentemente chamado de Emerson, Lake
& Palmer germânico devido à influência do virtuoso tecladista Keith Emerson
sobre Jürgen Fritz, um dos pilares da trinca de fundadores (que deu origem ao
nome da banda). De fato, começaram tocando músicas do EL&P e do The Nice
(grupo anterior de Emerson) até desenvolver um estilo próprio. O segundo
álbum, ILLUSIONS ON A DOUBLE DIMPLE (1974), é o preferido dos fãs, sendo
frequentemente apontado como um dos principais trabalhos de rock progressivo.
Na sequência, SPARTACUS (1975) e OLD LOVES DIE HARD (1976) completando a ‘trilogia
do rato’, pelo fato de os três conterem o roedor na capa (aliás, o último
apresenta versões distintas da capa para a América e para a Europa). Desse
álbum, destaca-se a faixa A DAY IN THE LIFE (não confundir com a música
homônima dos Beatles), uma maravilhosa suíte de 9 minutos em que Fritz revela
toda a sua versatilidade.
207) ELVIS PRESLEY
– SUSPICIOUS MINDS
Como a presente seleção refere-se ao período 1963/2000, ficou de fora a fase mais ‘rock n’roll’ de Elvis que inclui temas inolvidáveis como BLUE SUEDE SHOES, JAILHOUSE ROCK, HOUND DOG, HEARTBREAK HOTEL, IT’S NOW OR NEVER, KISS ME QUICK, ALL SHOOK UP, DON´T BE CRUEL, BURNING LOVE, CAN´T HELP FALLING IN LOVE, que ajudaram a fazer do cantor americano, ao lado dos Beatles, o maior vendedor de discos de todos os tempos (fala-se em 1,5 bilhão de unidades). Todavia, houve pelo menos três temas da fase mais recente que não podem ser relegados: SUSPICIOUS MINDS (1969), IN THE GHETTO (1969) e ALWAYS ON MY MIND (1972). SUSPICIOUS MINDS foi seu último single a atingir o posto 1 da Billboard, antes de sua morte. A canção de autoria de Mark James (das 700 canções que interpretou, Elvis não compôs nenhuma) trouxe o astro ao topo das paradas.
208) CARLY SIMON –
NOBODY DOES IT BETTER
O álbum NO SECRETS (1972) foi de longe o de maior
êxito na carreira da cantora, puxado pelo hit YOU’RE SO VAIN, que por semanas
também liderou as paradas de singles de vários países. A ficha técnica da
canção revela no piano, Klaus Voormann (o “quinto Beatle”), na bateria Jim
Gordon (do grupo Derek and Dominos) e nos backing vocals ninguém menos do que
Mick Jagger (não creditado). O outro grande hit da cantora novaiorquina é
NOBODY DOES IT BETTER, único sucesso de Carly não composto por ela, mas feito
de encomenda para ressaltar o desempenho sexual de James Bond, constituindo-se
no tema musical principal do filme “The Spy Who Loved Me” (“O Espião que me
Amava”). A canção também não integra nenhum álbum de carreira de Carly, tendo saído
apenas em single e coletâneas, uma delas inclusive nomeando o álbum (com
subtítulo de THE VERY BEST OF CARLY SIMON). Thom Yorke, líder do Radiohead (que
fez um cover da canção), considera-a “a música mais sexy já escrita”.
209) ULTRAVOX – VIENNA
O grupo britânico nascido em 1977
teve seu momento de glória com a entrada de Midge Ure. O músico e vocalista que
havia passado pela banda hard rock Thin Lizzy (sucedendo Gary Moore) e pela
banda new romantic Visage, substituiu o então líder John Fox que partiu para a
carreira solo. Midge conseguiu revitalizar a banda acéfala e já no seu primeiro
trabalho, fez com que alcançasse grande sucesso graças ao álbum VIENNA (1980),
puxado pela faixa homônima. A canção viria a se tornar um marco no gênero synth
pop, tornando-se a marca registrada do grupo. O single alcançou o pico das
paradas de vários países da Europa, ainda que tivesse uma estrutura lenta
calcada sobre o piano seguido de um baixo, inspirado em composições eruditas,
não apropriado para danceterias.
210) BRIAN ENO & DAVID BYRNE –
MEA CULPA
Dois músicos ingleses oriundos de grupos de rock produziram em conjunto um dos discos mais instigantes do século XX. David Byrne, que não experimentara qualquer atividade relevante fora dos Talking Heads, uniu-se a Brian Eno que, ao contrário, desde que abandonara o Roxy Music, exercia experimentações na área da ambient music e música minimalista, com trabalhos colaborativos ao lado de músicos vanguardistas como Robert Fripp, John Cale, Harold Budd e Jon Hassell, além de ter produzido discos de expoentes do rock como Bowie, U2 e Coldplay. O resultado da união foi o álbum MY LIFE IN THE BUSH OF GHOSTS (1981). O disco que tem participação de Fripp e Bill Lasswell, mescla ritmos africanos e árabes com eletrônica, sendo pioneiro na utilização de samples e world music. Em MEA CULPA, as letras cantadas são substituídas por vozes aleatórias e fragmentadas com efeito hipnótico. A faixa foi utilizada no filme WALL STREET.
211) SMALL
FACES – TIN SOLDIER
Assim como The Who, os Small Faces era um típico representante de cultura mod que antecedeu o movimento hippie na Inglaterra. Tiveram bastante popularidade na ilha em meados dos anos 60. O álbum conceitual OGDEN´S NUT GONE FLAKE (1968), um dos marcos da psicodelia, é considerado seu projeto mais ambicioso e inovador, a começar pela inusitada embalagem circular metalizada. A canção TIN SOLDIER (lançada em single em 1967) foi, todavia, a mais aclamada pelos roqueiros, tendo sido regravada, dentre outros, por Quiet Riot, Uriah Heep, Scorpions, Guess Who e Paul Weller. Até o músico argentino Charly Garcia fez uma versão (‘Soldado de Lata’) para o espanhol. Com a dissolução do grupo, o guitarrista e vocalista Steve Marriott partiu para fundar o Humble Pie e os demais integrantes migraram para os novos Faces, que receberam dois nomes de peso: Rod Stewart e Ron Wood.
212) CAMEL – LADY FANTASY
Ainda que não seja um habitué das paradas, o Camel tem prestígio incomum entre os apreciadores de rock progressivo. A banda britânica, fortemente influenciada pelo Emerson Lake & Palmer e King Crimson, era conhecida por suas composições complexas e longos solos instrumentais. A fase de ouro ocorreu entre 1974 e 1976, correspondendo aos álbuns MIRAGE, SNOW GOOSE e MOONMADNESS, quando contava com sua formação clássica, sobressaindo-se Andrew Latimer (guitarra, flauta e vocal) e Peter Bardens (teclados). A capa de MIRAGE(1974) era idêntica à do maço de cigarros Camel (fruto de um acordo comercial com o fabricante), o que provocou a ira do movimento antitabagista e boicote aos álbuns da banda. A faixa LADY FANTASY que fecha o disco é predominantemente instrumental, alternando, em seus 13 minutos, trechos rápidos e furiosos com outros lentos e suaves.
213) SISTERS OF MERCY – MARIAN
As “Irmãs da Misericórdia”, uma das bandas mais representativas do rock gótico, adotaram o nome de uma canção de Leonard Cohen. O Sisters viria a gravar apenas três álbuns de estúdio, sempre comandado pelo vocalista Andrew Eldritch, reconhecido por sua voz cavernosa ímpar. Três canções se destacam no repertório, uma de cada álbum: LUCRETIA (de FLOODLAND), TEMPLE OF LOVE (lançada originalmente em single e regravada com a participação da cantora israelense Ofra Haza para VISION THING) e MARIAN do álbum de estreia, FIRST AND LAST AND ALWAYS (1985), o único que traz a formação original. Brigas internas levaram dois membros a sair e formar THE MISSION, com existência muito mais longeva. Um dos dissidentes, o guitarrista, Wayne Hussey (que aliás, mudou-se para São Paulo), foi o compositor da canção e Andrew o autor da letra.
214) BACHMAN TURNER OVERDRIVE – YOU AIN´T SEE NOTHING
YET
Banda canadense batizada com o sobrenome de seus membros: Bachman derivada dos irmãos Randy, Tim e Robbie (sendo o primeiro provindo do Guess Who) mais Turner (Fred). O ‘Overdrive’ foi acrescentado a partir do título de uma revista. Após um álbum de estreia com baixa repercussão, o BTO emplacou em cada um dos 3 discos seguintes, 3 hits (inclusive no Brasil): TAKIN’ CARE YOU BUSINESS, YOU AIN´T SEE NOTHING YET e HEY YOU, a segunda presente no álbum NOT FRAGILE (1974), título que, ao que se supôs, ironizava o do famoso disco do Yes, FRAGILE. Curiosamente, a canção foi incluída como intrusa já que as outras faixas já estavam definidas. Ao apresentar a música, Randy interpretou-a com a peculiar gagueira (bbb-baby) que nasceu de uma brincadeira quando concebida. Acabou tornando-se o charme da música e, em grande parte, responsável pelo seu sucesso.
215) SIGUR RÓS – SVEFV-G-ENGLAR
A deslumbrante ISLÂNDIA dos vulcões, dos gêiseres, da aurora boreal e da Björk nos presenteou, nos estertores do século XX, com essa banda tão exótica quanto o país das palavras impronunciáveis. SIGUR RÓS comandado pelo guitarrista/vocalista Jónsi, cantando em islandês e com canções que remetem ao minimalismo e ao new age (algo que se convencionou chamar de post-rock) alcançou improvável sucesso no universo pop, deslumbrando a crítica que elegeu ÁGAETIS BYRJUN um dos melhores álbuns de 1999. Arrancou elogios de nomes de relevo como Radiohead, Coldplay e David Bowie, aportando também em trilhas de filmes badalados como “Vanilla Sky” e “A Vida Aquática de Steve Szissou” de Wes Anderson. Na Islândia vendeu 10 mil cópias, nada desprezível para um país de 300 mil habitantes. Mas sua fama se espalhou pelo mundo, até no Brasil, com apresentações lotadas e criaram um público fiel. O referido álbum (SVEFV-G-ENGLAR, a faixa mais badalada), tornou-se relíquia.
216) DAMNED – ELOISE
Embora sem grande projeção, a pioneira banda punk inglesa sempre foi bastante respeitada e, afora alguns intervalos, manteve-se sempre ativa. A música que, no início, melhor representou o grupo foi NEW ROSE, presente em seu álbum de estreia DAMNED DAMNED DAMNED (1977). Originalmente lançada em single, trouxe do lado B uma versão escrachada de HELP dos Beatles. Mais tarde, embarcou na linha gótica no álbum PHANTASMAGORIA (1985), cuja bela capa traz a modelo Susie Bick (que foi esposa de Nick Cave) com um véu em frente a um cemitério. Esse álbum, o mais vendido do grupo, traz como faixa bônus o cover de ELOISE, canção sessentista que havia alcançado sucesso mundo afora (inclusive no Brasil) na voz melodramática de Barry Ryan. A versão em single do Damned reeditou o sucesso, sobretudo na Grã Bretanha.
217) MANFRED MANN – MIGHTY QUINN
Sofisticada banda inglesa de rock com ingredientes de jazz, blues e R&B, atuante nos anos 60, que recebeu o nome de seu líder e tecladista, o sul-africano Manfred Mann. Nos anos 70, ele lideraria a igualmente relevante Manfred Mann´s Earth Band. Passaram pelo grupo nomes de relevo como o multi-instrumentista Klaus Voormann (que teve intensa participação no trabalho dos Beatles) e o baixista Jack Bruce (entre a fase que integrou o John Mayall & Bluesbreakers e seu ingresso no Cream). Gravaram diversas composições de Bob Dylan, a mais famosa, MIGHTY QUINN. O tema folk de 1967, foi lançado em single com ineditismo pelo MM chegando às paradas do mundo inteiro, inclusive do Brasil. Recebeu covers do Grateful Dead, The Hollies e Leon Russell. O álbum que a contém, MIGHTY GARVEY, foi lançado na América como MIGHTY QUINN com outra capa.
218) BAD COMPANY – CAN´T GET ENOUGH
Supergrupo britânico de hard rock, com dois integrantes, o vocalista Paul Rodgers e o baterista Simon Kirke, provindo do histórico Free (do hit ALL RIGHT NOW). O guitarrista Mick Ralphs e o baixista Boz Burrell procederam respectivamente do Mott the Hoople e do King Crimson. O álbum de estreia, autotitulado (1974,) galgou as primeiras posições nos EUA e na Europa, puxado pelo hit que dá nome ao disco (e ao grupo) e pela faixa CAN’T GET ENOUGH, talvez sua música mais conhecida até hoje. A versão em single foi reduzida para alcançar divulgação em rádios. O grupo teve outros álbuns bem sucedidos até que, em 1982, Paul Rodgers, a maior estrela, saiu para formar ao lado de Jimmy Page (ex-Led Zeppelin) The Firm. Com novo vocalista, a banda, mudou o estilo, porém sem obter o mesmo êxito.
219) TOMMY JAMES
& SHONDELLS – CRIMSON AND CLOVER
Quem vivenciou os anos 60, certamente se recorda desse grupo americano que conquistou as rádios, inicialmente com HANKY PANK (1966) e depois MONY MONY (1968). Ficaram então associados à ‘bubblegum music’ (música chiclete), um subgênero musical voltado para o público pré-adolescente com canções descartáveis e letras banais, sem grandes pretensões artísticas. O álbum CRIMSON AND CLOVER (1969) marca uma reação ao estereótipo, ajustando o som do grupo ao psicodelismo. A canção homônima, famosa pelos efeitos de vocal tremulantes, acabou alcançando grande projeção (inclusive no Brasil). A versão do LP acresceu overdubs com solos de guitarra que estenderam a música em 2 minutos em relação à do single. O álbum trouxe outra faixa conhecida, CRYSTAL BLUE PERSUASION
220) SEPULTURA – RATAMAHATTA
A banda brasileira, cantando em inglês, com um repertório calcado no thrash metal, ganhou o status de banda internacional. O grupo criado em BH pelos irmãos Max e Igor Cavalera, ainda que detenha um respeitável séquito de fãs ‘intramuros’, tem o grosso de seu público no exterior. No entanto, o álbum ROOTS (1996), o mais importante do grupo, sucesso absoluto de vendas (e o último a contar com a presença de Max), deixa claro, a partir do título, os vínculos com suas origens. A faixa ITSÁRI teve até a presença de índios xavantes. Desse álbum, destaque para RATAMAHATTA, composta em parceria com Carlinhos Brown, com instrumentos de percussão como o berimbau, sons tribais e um sensacional videoclipe de apoio.
Confira
os 100 maiores rocks:
http://oquedemimsoueu.blogspot.com/2020/06/os-100-maiores-rocks-do-seculo-xx-1a.html
Confira
os 200 maiores rocks:
https://oquedemimsoueu.blogspot.com/2021/12/os-200-maiores-rocks-do-seculo-xx-6.html
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