O presente trabalho
é resultado de exaustivo levantamento com objetivo foi selecionar as canções
que se tornaram os símbolos do gênero musical que dominou o século XX e fizeram
a cabeça de gerações de roqueiros.
Não se trata
de “mais uma” lista de melhores como as centenas encontradas na internet.
A finalidade
aqui foi fazer uma compilação das músicas que tiveram maior importância dentro
do rock, segundo dois aspectos: 1) receptividade do público traduzida por
vendas e execução nas rádios; 2) relevância dentro do cenário musical.
Diferentemente
de relações de sites e revistas especializados, elaboradas por críticos
musicais, a presente lista priorizou a opinião do público roqueiro, deixando de
lado preferências pessoais.
Dois
critérios foram estabelecidos:
1) Apenas
canções do período de 1963 (lançamento do primeiro álbum dos Beatles) a 2000.
Com isso, ficam sacrificadas canções recentes e mais antigas (Elvis, Chuck
Berry etc.) que mereceriam um tópico sobre a raiz do rock’n’roll.
2) Cada
intérprete terá direito a apenas uma canção.
1. LED ZEPPELIN –
STAIRWAY TO HEAVEN
A
presente lista pode gerar muitas divergências e discussões. Poucos discordarão
todavia que STAIRWAY TO HEAVEN é a maior e mais representativa canção da
história do rock. Lançada no 4º e mais vendido álbum do grupo britânico em 1971
(conhecido com LED IV), é, até hoje presença obrigatória nas rádios roqueiras
que se prezam. O êxito radiofônico ocorreu a despeito dos 8 minutos de duração,
sem jamais ter sido lançada em single. Os suaves e comoventes acordes iniciais
de violão seguidos de flautas renascentistas não fazem supor o êxtase que
aguarda o ouvinte nos 8 minutos que se seguem. A música vai aos poucos
crescendo (como uma escada para o céu), passando por uma fase intermediária
para desaguar num arrebatador solo de guitarra de Jimmy Page e nos gritos
lancinantes de Robert Plant (os autores) para retomar, ao final, o clima
intimista da abertura com um derradeiro e quase inaudível sussurro. Obra prima
absoluta. 2. BEATLES – A DAY IN THE
LIFE
A mais polêmica da lista. Em primeiro lugar, por ter
tido pequena acolhida popular. Em segundo, por fazer alusão ao uso de drogas
que lhe valeu banimento em algumas rádios. Muitos preferiam que o maior grupo
da história viesse representado por músicas menos indigestas como HEY JUDE,
YESTERDAY ou SOMETHING. Além disso, tecnicamente, fica difícil categorizar A
DAY IN THE LIFE (do álbum SGT. PEPPERS... de 1967, o melhor de todos os tempos
segundo a revista Rolling Stone) da dupla Lennon/McCartney como um rock
propriamente dito. Parece mais uma peça
sinfônica vanguardista. Ao invés de guitarra, baixo e bateria, uma orquestra de
40 músicos com um piano em primeiro plano. E um final retumbante com um acorde
de 40 segundos que se presta para conter a estupefação. Para se chegar ao
resultado final, essa faixa de 5 minutos exigiu dias de preparação. Pela
performance majestosa, pela temática insólita, pela estética revolucionária, A
DAY IN THE LIFE é a música mais genial do século XX.
3. PINK FLOYD –
COMFORTABLY NUMB
O êxito
prolongado desse conjunto progressivo inglês é surpreendente. O esperado era
que se tornasse um grupo obscuro e efêmero destinado a agradar a uma trupe
reduzida de junkies, admiradores das estrepolias sonoras pouco convencionais do
rock psicodélico, com faixas quilométricas, orquestrações esmeradas e arranjos
pirantes. Quem nasceu no século XXI, sob o signo da cultura de massas imbecilizante
e descartável, talvez estranhe, mas, (acredite!) houve um tempo que esmero e
criatividade eram artigos valorizados no mercado. Escolher uma canção
representativa em meio a seus trabalhos hipnotizantes não é fácil. CONFORTABLY
NUMB, a faixa mais comprida do álbum duplo conceitual THE WALL de 1979 (transposto
para o cinema por Alan Parker), não deve desagradar nenhum fã. O solo final é
arrepiante especialmente nas apresentações ao vivo em que David Gilmour dá uma
preciosa esticada.
4. ROLLING STONES –
SYMPATHY FOR THE DEVIL
O
conjunto mais longevo do rock permaneceu na ativa por mais de 60 anos com uma coleção infindável de rocks e o título inquestionável de vice-campeões. Ao
invés de Lennon/McCartney, é a dupla Jagger/Richards que segura a maioria dos
hits. Apesar disso, o quarteto jamais foi afetado pela explosão dos rapazes de
Liverpool. Preservaram sua personalidade além de jamais terem se rendido às
demandas de mercado, tanto que sua importância não foi traduzida em expressivas
vendas. Ainda assim ou talvez por isso mesmo, não é tarefa fácil escolher uma
digna representante do grupo. SATISFACTION teria sido a escolha óbvia, mas
SYMPATHY FOR THE DEVIL do álbum BEGGAR´S BANQUET (1968) é menos convencional
mas igualmente eloquente. Segundo alguns, a ideia da música que valeu uma
acusação de satanismo, teria surgido numa visita de Mick Jagger a um templo de
candomblé na Bahia, daí sua percussão própria de um samba. Duvido.
5. DEEP PURPLE – SMOKE
ON THE WATER
Essa é a canção que traz em sua abertura o
manjadíssimo riff de guitarra tocado por Ritchie Blackmore, uma sequência
básica de poucas notas executável por qualquer guitarrista iniciante (que,
dizem as más línguas, ser plágio de uma composição do bossa-novista Carlos
Lyra), inegavelmente o mais popular da história do rock. Faz parte do álbum
MACHINE HEAD (1972), o mais bem sucedido comercialmente do grupo britânico de
hard rock, gravado no apogeu de sua carreira e com sua formação clássica
(Blackmore, Gillan, Glover, Lord, Paice). A faixa narra um incidente verídico
envolvendo um incêndio à beira de um lago em Montreux na Suíça, num hotel onde
o disco foi gravado. O estrondoso sucesso da canção, que ironicamente quase
ficou de fora do álbum, só sendo incluída na última hora, surpreendeu até os
membros da banda.
6.
QUEEN – WE WILL ROCK
Surgido
na mesma época em que explodia o punk rock, o Queen serviu-lhe de contraponto,
com uma linha mais pop e melódica. Talvez por essa razão, embora detenha uma
legião invejável de fãs, não costuma ser lembrado pelos críticos para o top dos
grupos de rock, arrebanhando um público mais eclético. A maioria desses fãs
certamente preferia ver nessa lista BOHEMIAN RHAPSODY, WE ARE THE CHAMPION ou
mesmo a sentimental LOVE OF MY LIFE. Em se tratando de uma seleção de rock, WE
WILL ROCK YOU do álbum NEWS OF THE WORLD (1977) seria uma representante mais
autêntica. Uma canção curta e crua mas poderosa sem qualquer instrumentação,
turbinada apenas com bateria e palmas, a voz de Freddie Mercury e uma letra
incendiária. Até que nos 30 segundos finais, Brian May solta um solo
demolidor de guitarra, encerrando com chave de ouro.
7. GUNS N´ ROSES – SWEET
CHILD O’ MINE
O debut álbum do GNR, APPETITE FOR DESTRUCTION (1987)
traz megassucessos como WELCOME TO THE JUNGLE e PARADISE CITY, tendo alcançado
êxito comercial sem precedentes. Porém, o inconfundível riff de abertura e o hipnotizante
solo de guitarra de Slash não deixariam dúvidas: SWEET CHILD O’ MINE era a que estava
predestinada a arrebentar. A temática singela (a música inspirou até um livro
infantil patrocinado pelo grupo) irritava o guitarrista: “GNR sempre foi hard
rock, com atitude. Quando fazíamos baladas eram de blues. Esta era uma das
coisas mais gays que você pode compor”, disse. Mas ao fim, rendeu-se aos louros
do triunfo: essa foi a canção que rendeu maior retorno financeiro ao grupo
californiano. Hoje, os bilhões de visualizações no
youtube, carimbam o ingresso do Guns no rol dos maiores grupos de rock de todos
os tempos.
8. AC/DC – BACK IN BLACK
Além
de animais exóticos, o continente australiano produz rock de qualidade. Nomes
de primeira linha como Men at Work, Midnight Oil, INXS e Nick Cave provieram da
Oceania. Certamente, nenhum atingiu a fama do grupo fundado pelos irmãos Young,
sobretudo na América, onde seus álbuns alcançaram vendas estratosféricas e
confirmaram a banda como uma das mais importantes na área de hard rock. Não tem
aspirações de criatividade ou invencionices. O lance do AC/DC é fazer rock
básico. Com BACK IN BLACK (1980), um dos discos mais vendidos da história, puxado
pela música homônima, atingiu o cume. O álbum (que estampa os dizeres de
identificação sobre um fundo preto) representou uma homenagem ao vocalista Bon
Scott, falecido alguns meses antes do lançamento, mas também um manifesto de
superação. “Esqueça o carro fúnebre pois eu nunca morrerei” diz a letra. De
fato, o riff de abertura tem a capacidade de erguer cadáveres do caixão.
9.
BOB DYLAN – LIKE A
ROLLING STONE
Bob
Dylan é muito mais do que um ícone da música pop, é uma lenda reverenciada por
grupos dos mais variadas estirpes. Dos Rolling Stones (cujo nome, assim como a
canção, inspirou-se no blues ROLLING STONE de Muddy Waters) aos Guns n´Roses
(cujo cover de KNOCKIN’ ON HEAVEN´S DOOR está entre seus maiores hits). Não
bastasse tanta badalação, o artista folk ainda faturou o Nobel de Literatura,
quebrando as regras da premiação que não tem o hábito de laurear artistas
provindos do meio musical. Essa deferência não ocorreu à toa já que Mr.
Zimmermann é um dos raros nomes de relevância do rock em que as letras têm peso
equivalente ao das músicas. A sarcástica LIKE A ROLLING STONE, carro-chefe do
álbum HIGHWAY 61 REVISITED (1965), aparece em primeiro lugar na lista da
Revista Rolling Stone (olha o nome de novo) como a maior canção de todos os
tempos.
10. JETHRO
TULL – AQUALUNG
Ainda
que jamais tenha sido lançada em single, essa música fez enorme sucesso
alavancando as vendas do álbum de mesmo nome de 1971, o mais bem sucedido da
carreira do grupo comandado pelo flautista/vocalista Ian Anderson. Não obstante
seus 6:30 minutos de duração, é campeã de execuções nas rádios especializadas
em rock. O arrebatador riff de guitarra nos prepara para um petardo sonoro, mas
o que se segue é uma canção melódica e pungente sobre um velho sem teto largado
à própria sorte nas soturnas ruas londrinas, figura retratada na capa do álbum.
Nos anos seguintes, a banda inglesa emplacaria mais duas obras primas, THICK AS
A BRICK e A PASSION PLAY que fixariam o grupo como um dos mais importantes no
universo do rock progressivo.
11.THE WHO – MY GENERATION
Assim
como acontece como os gigantes Beatles e Rolling Stones (ao lado dos quais, poderia
figurar), escolher uma música representativa dessa banda inglesa é tarefa
ingrata. Ainda mais se considerarmos que seus dois mais ambiciosos trabalhos foram
as óperas rock TOMMY e QUADROPHENIA das quais seria sacrilégio extirpar uma
faixa. Uma representante à altura é MY GENERATION de Pete Townsend do homônimo álbum
de estreia, de 1965 (que traz a formação clássica do grupo, a qual perduraria
por 13 anos), que se tornou um hino emblemático e serviu como porta-voz de uma
geração rebelde (‘mod’) que “esperava morrer antes de envelhecer”, conforme
reza a letra. A canção pressagiou com sua ideologia e estética rude o
surgimento do movimento punk.
12.JIMI HENDRIX EXPERIENCE – HEY JOE
Foi
uma banal composição de um obscuro cantor folk, um tal de Billy Roberts, que
revelou para o mundo aquele que é unanimemente considerado o maior guitarrista
de todos os tempos. A música que trata, em forma de diálogo, do drama de um
homem que mata a tiros sua esposa e quer fugir para o México, teve centenas de
gravações de artistas de várias épocas e tendências: Cher, Santa Esmeralda,
Wilson Pickett, Frank Zappa, Patty Smith, Robert Plant, Deep Purple, Offspring,
Nick Cave, Charlotte Gainsbourg, Brad Mehldau e até Zé Geraldo e O Rappa. Mas é
de Hendrix a versão definitiva. Foi lançada através de um single de 1966 com a
banda Jimi Hendrix Experience. No início emplacou apenas no Reino Unido, mas
sua memorável execução do Monterey Pop Festival e em Woodstock turbinou sua
trajetória, passando a ser sua música mais conhecida. 13.IRON MAIDEN – THE NUMBER OF THE BEAST
Desde
seu surgimento, em parte devido à sua insubmissão e rebeldia, o rock foi acusado
de ter ligação com o satanismo. Polêmicas à parte, o fato é que alguns grupos,
especialmente de heavy metal, tornam essa associação bastante explícita. THE NUMBER
OF THE BEAST, uma das mais famosas canções do Iron Maiden, contida no álbum do
mesmo nome, é uma das que flerta com o tema.
Com esse disco (que marca a estreia do vocalista Bruce Dickinson, em
substituição a Paul Di’Anno), o grupo britânico consagrou-se como expoente no
gênero. Inspirada na enredo do filme “Damien, Omen II” (“A Profecia II”) e
iniciada com uma frase bíblica do Apocalipse (que seria proferida pelo ator
Vincent Price, substituído por um locutor de rádio), a sinistra peça relata a
vinda do diabo à Terra, identificado pelo número 666.
14.DAVID BOWIE
– HEROES
Composta
e gravada em Berlim, HEROES narra o drama de dois amantes (‘heróis’) que, no
período da ‘guerra fria’, residiam em lados opostos do muro que dividia a metrópole. Presente no álbum homônimo
(1977), o segundo da chamada “trilogia de Berlim” (que inclui LODGER e LOW, com
uma sonoridade ambiente e eletrônica) no período em que Bowie fixou moradia na
cidade. A música foi composta em parceria com Brian Eno (que, aliás, participou
ativamente dos 3 álbuns) e traz na guitarra ninguém menos que Robert Fripp do
King Crimson. Todas essas qualificações, embora saudadas pela crítica, não se
traduziram em sucesso comercial, tanto que o single da canção teve baixa
repercussão. Curiosamente, com o tempo, acabou se agigantando a ponto de
tornar-se, ao lado de REBEL, REBEL e STARMAN, uma das mais conhecidas do
‘Camaleão do Rock’.
15.YES –
ROUNDABOUT
Essa
pérola marcou os tempos áureos da banda britânica de rock progressivo, com sua
formação mais primorosa (Anderson, Howe, Squire, Wakeman e Brufford), em que se
sobressai o órgão do recém empossado Rick Wakeman e o violão cortante de Steve
Howe com uma abertura para escutar de joelhos. Foi por muito tempo o maior
sucesso comercial do grupo (só viria a ser suplantado bem mais tarde por OWNER
OF A LONELY HEART). A música com uma letra “viajandona” alcançou sucesso nas
paradas, editada para tocar no rádio em uma versão de 3 minutos. Esqueça. Vá
direto à íntegra de 8 minutos como saiu no álbum FRAGILE de 1971. No ano
seguinte, com essa mesma formação, o Yes lançou CLOSE TO THE EDGE em que se
sobressai a canção com o mesmo nome, um épico de 19 minutos, considerada uma
das mais representativas obras do rock progressivo.
16.U2 – WITH OR WITHOUT YOU
Maior
representante da fase de renascimento do rock ocorrido nos 80s, na esteira do
punk e do new wave, o grupo irlandês coleciona tantas músicas cativantes, distribuídas
em todos os seus álbuns, que é tarefa ingrata indicar uma única representante
digna. Mas certamente WITH OR WITHOUT YOU deve pacificar todas as correntes num
consenso. Iniciando-se numa marcha lenta, vai num crescendo envolvente, sob a
batuta da genial produção de Brian Eno. Uma canção romântica em que a letra de
Bono e sua magistral interpretação vocal expressam os vaivéns de um
relacionamento incerto. Integra o badalado THE JOSHUA TREE (1987), o álbum mais
bem sucedido do U2 tanto por parte da crítica como do público.
17. ERIC
CLAPTON – LAYLA
LAYLA,
por justiça, deveria ser creditada ao grupo Derek and the Dominos. Mas quem foi
a alma do Derek senão Eric Clapton? Assim como ocorrera antes com os Yardbirds,
Cream, e Blind Faith sem contar os Bluesbrakers de John Mayall, grupos
lendários que contaram com a participação do mestre. Até que ‘Slowhand’ (como era
apelidado) engrenou sua carreira solo, dedicando-se ao ritmo com que mais se
afina, o blues. Pois é, o exímio guitarrista inglês e branco, destacou-se tocando
um ritmo essencialmente negro provindo da América. E o fez como poucos a ponto
de fazer jus ao bordão “Eric is God”. LAYLA foi lançada no único álbum de
estúdio do Derek de 1970 e contou com a participação do lendário Duane Allman. A
canção de temática romântica, sobre um amor não correspondido, não teve, a
princípio, grande repercussão. Mas veio agigantando-se até se firmar como um
dos marcos do rock, graças a seu inconfundível riff (irreconhecível na versão
acústica do álbum UNPLUGGED).
18. BLACK
SABBATH – PARANOID
PARANOID
ganhou no olho mecânico de IRON MAN, sua faixa companheira do álbum do Sabbath de
1970, não à toa eleito o melhor disco de heavy metal da história pela revista
Rolling Stone (numa época em que sequer havia referência a esse gênero musical).
Segundo relata o baixista Geezer Butler, a música nem era para constar do
álbum. Como ficou uma lacuna de uns 3 minutos, reaproveitaram essa antiga composição,
o guitarrista Tommy Iommi adaptou um riff e Ozzy Osbourne interpretou, lendo os
versos que não memorizara, tudo improvisado na última hora. O álbum era para
ter o título de WAR PIGS (outra faixa conhecidíssima), mas a gravadora vetou.
PARANOID acabou nomeando o álbum (apesar de o termo não ser especificamente
mencionado na letra). Mesmo com tantos percalços, tornou-se a mais conhecida do
grupo britânico.
19.
DOORS – LIGHT MY FIRE
Essa música tornou-se um autêntico
standard, recebendo inúmeras interpretações: Etta James, Shirley Bassey, Nancy
Sinatra, Al Green, Stevie Wonder, UB-40, as brasileiras Astrud Gilberto e
Maysa, o trip hop de Massive Attack e Cibo Matto, heterodoxias instrumentais com
Ananda Shankar (cítara) e Friedrich Gulda (piano) são algumas versões. No
Brasil, tornou-se conhecida na voz do porto-riquenho José Feliciano. A gravação
original dos Doors com 7 minutos de duração está presente em seu 1º e mais
badalado álbum (1967). A contragosto, o grupo aceitou cortar as longas
improvisações instrumentais para editar um single. Comercialmente, valeu a pena
pois ajudou a fazer dela um super-hit. O carismático e impetuoso Jim Morrison,
líder e vocalista da banda, morreu precocemente, o que abreviou a dissolução do
grupo que se tornou lendário. Seus discos são até hoje disputadíssimos.
20. DIRE
STRAITS – SULTANS OF SWING
O Dire Straits surgiu no final dos anos 70, por um
lado para resgatar o espírito primitivo do rock (excessivamente glamourizado
com obras super-produzidas) e por outro para se contrapor ao radicalismo do
punk rock. Já no disco de estreia (1978) vieram com essa joia ironizando uma
banda sofrível de jazz que se autointitulava “sultões do swing”. Sete anos
após, o grupo inglês viria a lançar seu álbum mais ilustre, recheado de hits,
BROTHERS IN ARMS que estourou no mundo todo, tornando-se o mais vendido da
história no Reino Unido. Porém a magia de SULTANS OF SWING jamais foi superada.
O álbum duplo ao vivo ALCHEMY (1984) traz uma versão estendida de quase 11
minutos (o dobro do tempo da original). Fique com a versão ao vivo em que a
guitarra de Mark Knopfler estraçalha.
2 comentários:
Desde que ouvi pela primeira vez achei extraordinária a música "A Day in the Life". Gosto muito até hoje. Tinha uns 14 anos.
Achei divina a escolha de confortably numb . Ótima escolha. Não canso de ouvi lá. A melhor .
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