A seguir, a 15ª e última parte dos 300 maiores rocks do Século XX.
281) DON MCLEAN – AMERICAN PIE
Um acidente
aéreo que matara uma década antes seu ídolo Buddy Holly (de apenas 22 anos), na
data conhecida como “O Dia em que a Música Morreu”, serviu de inspiração para o
cantor, guitarrista e compositor de folk-rock Don McLean criar essa peça que se
tornaria um verdadeiro hino de uma geração. A torta de maçã, receita típica da
cozinha americana, foi o símbolo usado para retratar essa crônica nostálgica
que sintetiza a cultura do país após o fim do devaneio por transformações que
embalara a juventude nos anos 60. Algo parecido com que, à mesma época, John
Lennon captara em sua canção GOD com o verso “The Dream is Over” (O Sonho
Acabou). AMERICAN PIE, uma canção de 8 minutos e meio e uma letra quilométrica,
tão extensa que o single original trazia uma metade em cada lado, alcançou
improvável sucesso que se estendeu para o mundo todo, nomeando o álbum de 1971
que trazia outro hit, VINCENT (homenagem ao pintor Van Gogh).
282) SOFT MACHINE – MOON IN JUNE
O ‘Som de Canterbury’
(Canterbury Sound) é um subgênero do rock que engloba bandas surgidas nessa região
da Inglaterra (ou apenas a tinha como referência), caracterizadas por praticar
nos anos 60/70 uma mistura de rock progressivo, jazz e psicodelia. O Soft
Machine é o representante máximo dessa corrente. No período 66/78 em que esteve
em atividade, a banda sofreu inúmeras mudanças, tendo passado por ela músicos renomados
como Daevid Allen, Robert Wyatt, Andy Summers, Alan Holdsworth, Jack Bruce dentre
outros. O som do grupo também evoluiu do rock psicodélico para o jazz fusion,
totalmente instrumental. O álbum duplo THIRD (1970), de apenas 4 faixas, uma a
cada lado do vinil, marca o auge de sua criatividade e ousadia em que todas as
tendências estão presentes. Apesar de suas vendas modestas, o trabalho é unanimemente
considerado monumental. A suíte MOON IN JUNE dividida em 3 seções (19:08 minutos
ao total) de autoria de Wyatt, a única vocalizada do álbum, é um exemplo
retumbante.
283) DAVE CLARK
FIVE – DO YOU LOVE ME
A ‘invasão
britânica’ dos anos 60 que marca a entrada maciça de grupos ingleses no cenário
musical americano é associada sobretudo aos Beatles e aos Stones. Poucos
lembram do Dave Clark Five que, no entanto, chegou a rivalizar em pé de
igualdade com os ‘rapazes de Liverpool’, chegando a emplacar em 2 anos 20 hits
na parada americana. Sua penetração nos EUA chegou a superar a ocorrida em sua
própria terra natal. O grupo tinha a peculiaridade de ter como líder, coisa
rara, um baterista, Dave Clark, que também empresariava a banda com um
repertório de rock’n’roll básico. A pequena visibilidade, desproporcional ao
sucesso que experimentaram, deve-se ao fato de não acompanharem as mudanças
ocorridas no panorama musical e à relativa baixa divulgação de seu repertório
(basicamente singles) devido ao rígido controle que Dave exerceu sobre os
direitos da sua produção musical. Sua impecável interpretação do clássico DO
YOU LOVE ME (1963) é antológica.
284) JEFF BUCKLEY
– HALLELUJAH
GRACE (1994), o único álbum em vida de Jeff, passou quase que desapercebido por ocasião de seu lançamento. Após sua morte em 1997 aos 30 anos, por afogamento, o nome do compositor e guitarrista americano foi progressivamente ganhando fama a ponto de torná-lo uma lenda, arrancando rasgados elogios da crítica que o colocou como um dos maiores artistas de folk-rock do século XX. Robert Plant e Jimmy Page do Led Zeppelin, grupo preferido de Jeff, consideram GRACE o melhor álbum dos anos 90 e Morrisey dos Smiths, outra de suas influências, referenciou-o como um dos melhores trabalhos de todos os tempos. Sua interpretação visceral de HALLELUJAH, dentre as centenas versões para o clássico gospel de Leonard Cohen (John Cale, Rufus Wainwright, k.d. Lang etc.), foi considerada definitiva. Com a projeção do nome do artista, diversas gravações demos e shows ao vivo foram divulgados, inclusive uma versão estendida de 10º aniversário de GRACE (Legacy Edition).
285) MÖTLEY CRÜE
– KICKSTART MY HEART
Poucos
encarnam tão à risca o jargão ‘sexo, drogas e rock’n’roll’ quanto esse grupo
glam metal californiano. O comportamento hedonista do conjunto foi pontuado por
orgias e pelo intenso consumo de álcool e drogas pesadas que lhes valeu
problemas de saúde, dependência e relacionamento entre os integrantes.
Surpreendente que, com esse estilo de vida, tenha conservado intocado o núcleo
do grupo durante 40 anos. Tudo isso pode ser constatado pelo escatológico filme
‘Dirt’ (baseado no homônimo livro-biografia) sintetizado pela frase “não somos
uma banda, somos uma gangue”, que lhes valeu acusações de depravação moral e
sexismo e críticas das feministas. Nada disso impediu o sucesso comercial
traduzido pela venda de mais de 100 milhões de discos. O álbum DR FEELGOOD
(1989) com destaque para a faixa KICKSTART MY HEART (inspirada em uma injeção
de adrenalina no coração que recuperou o baixista Nikki Sixx de uma overdose)
marca o auge do grupo.
286) HARRY
NILSSON – EVERYBODY’S TALKIN
287) DAVE MATTHEWS BAND – CRASH INTO ME
A banda que leva o nome de seu fundador, o guitarrista e vocalista sul-africano
naturalizado americano, Dave Matthews, divide opiniões. Detém um enorme público
fiel concentrado nos EUA e Canadá que lota seus shows e intercambia gravações
piratas de jam sessions (prática herdada do Grateful Dead) em que uma mesma
música recebe um arranjo diferente a cada apresentação. Mas é criticada pela
pretensa falta de ousadia, privilegiando o preciosismo técnico, inspirado no
rock setentista, no folk e no jazz. As interpretações de Dave inspiram-se em
ídolos como Paul Simon e Sting e, ainda que preferindo o violão à guitarra
elétrica, refere-se a Robert Fripp do King Crimson como seu músico predileto.
CRASH INTO ME, presente no 2º álbum do grupo, CRASH (1996) é o maior hit.
Stevie Nicks regravou a canção 13 anos depois.
288) CARS – HEARTBEAT CITY
A saudosa banda comandada pelo guitarrista e vocalista Ric Ocasek foi uma
das maiores referências nos anos 70/80, conquistando grande êxito com sua bem
sucedida mistura de rock, pop e new wave. Surgido em plena era disco, o grupo
foi um dos pioneiros do estilo synthpop ao priorizar o uso de sintetizadores.
Seu disco de estreia, recheado de hits, não estourou de cara, mas, permanecendo
na parada por quase 3 anos, acumulou vendas de 6 milhões de cópias. O grupo de
Boston ficou mais conhecido no Brasil através da balada romântica DRIVE que até
hoje desfila nas FM’s, pertencente ao álbum HEARTBEAT CITY (1984), ganhando
notoriedade ao ser apresentada no show Live Aid. A faixa que dá nome ao álbum (também
conhecida como JACKI), fez menos sucesso, mas representa melhor o grupo com sua
hipnótica atmosfera eletrônico-esotérica. O grupo dissolveu-se 4 anos após, mas
Ric continuou sua carreira solo além de ter produzido trabalhos de bandas
relevantes como Weezer, No Doubt e Bad Brains.
289) LOVIN’
SPOONFUL – LONELY (AMY’S THEME)
Muita gente que assistiu o filme do icônico festival de Woodstock, deve ter-se perguntado quem era aquele rapaz de óculos que, munido apenas com violão, encantou a plateia com seu repertório de folk. Introduzido de improviso no evento, John Sebastian era famoso em seu país como fundador de uma banda que, dizia-se, poderia se contrapor à invasão britânica comandada pelos Beatles. The Lovin’ Spoonful prometia: o single de estreia DO YOU BELIEVE IN MAGIC? chegou aos primeiros postos. Mas, envolvidos com problemas de drogas, os integrantes viram sua carreira ruir. Lançada no Brasil em single, a canção não emplacou, mas o outro lado do disco, LONELY, alcançou inesperado sucesso (ao contrário do que ocorreu no resto do mundo). Com subtítulo de AMY’S THEME, o tema integrou a trilha do filme “Agora Você é um Homem” (“You’re a Big Boy Now”) de 1967, dirigido por Francis F Coppola com canções do grupo assinadas por John Sebastian.
290) STYLE
COUNCIL – SHOUT TO THE TOP
Que relação
poderia haver entre The Jam, uma das principais representantes do agressivo e
cru punk inglês dos anos 70 e o chique duo Style Council que, com seu pop
sofisticado, esteve em grande evidência no decorrer dos 80’s, inclusive no
Brasil? A resposta é o músico Paul Weller que esteve por trás de ambos os
projetos. Ao contrário de seu grupo inicial, a dupla (que inclui o tecladista
Mick Talbot) passava um ar mais cool, vestia-se impecavelmente e suas
referências eram a soul music e o jazz, antigas paixões de Weller, que o
levaram a colocar um ponto final no Jam em pleno apogeu. Apesar de toda
sofisticação, o cantor, compositor e guitarrista inglês jamais abriu mão de
suas origens roqueiras e suas convicções socialistas de defesa da classe
trabalhadora. SHOUT TO THE TOP, sua canção mais conhecida foi lançada em single
em 1984, sendo posteriormente incluída no álbum OUR FAVOURITE SHOP.
291) BUFFALO SPRINGFIELD – FOR WHAT IT’S WORTH
Grupo formado em Los Angeles de capital importância para o folk-rock
(assim como seus contemporâneos The Byrds) que trazia entre seus componentes os
lendários Neil Young e Stephen Stills. A
canção FOR WHAT IT’S WORTH de autoria de Stills, lançada em single e
posteriormente incluída no primeiro álbum (1966), a mais famosa do grupo,
tornou-se um hino de protesto. Apesar de a composição tratar de um conflito
local, os versos acabaram se prestando para contestar a guerra do Vietnam,
sendo usada no filme Forrest Gump. Entre as inúmeras regravações da canção
(Ozzy, Queensrÿche, Stevie Nicks, Miriam Makeba), destaque para a versão de
Sérgio Mendes & Brasil ’66 que a recolocou no hit parade. A banda teve
curta duração e se dissolveu 2 anos (e 2 álbuns) depois, com Young e Stills
partindo para formar o Crosby, Stills, Nash & Young
292) DEXYS MIDNIGHT RUNNERS – COME ON EILEEN
O mega-hit COME ON EILEEN, pelo qual o DMR (rebatizado mais tarde como
DEXYS apenas) é conhecido, soa bastante diferente do tipo de música que
predominava nos anos 80, a começar pela acústica instrumentação que utiliza
violino, banjo e acordeão. É visível a sonoridade celta já que o frontman Kevin
Rowland é de descendência irlandesa, mas o DMR, na verdade é inglês.
Classificado como new wave, o grupo caracteriza-se por adicionar elementos do
folk irlandês e da soul music de que eram fãs (seu 2º maior sucesso, GENO,
homenageia o soulman americano Geno Washington). O grupo lançou apenas 3 álbuns
nos anos 80 antes de se dissolver, (reagrupando-se nos anos 2000). COME ON
EILEEN que celebra o romantismo adolescente alcançou sucesso em single (liderou
a parada em diversos países e foi o mais vendido do ano na Grã Bretanha), tendo
sido incluído no álbum do grupo TOO-RYE-AY (1982), embora com uma versão
diferente da original com a adição de mais rica instrumentação.
293) SUZI QUATRO – 48 CRASH
Suzi Quatro (encurtado de Quattrocchi – ‘Quatro Olhos’, ou seja, ‘de
óculos’ - sobrenome herdado do avô paterno italiano) sobressaiu-se liderando um
grupo só de homens e tocando baixo, numa época em que mulheres eram no máximo
coadjuvantes ou meras vocalistas. Bonita, insinuante e trajando sempre roupas
colantes de couro, Suzi quebrou o padrão eminentemente masculino do rock que
prevalecia no início dos 70’s, desde a morte precoce de Janis Joplin. Apesar de
americana, a instrumentista, compositora e cantora, tocando hard rock, fez sucesso
principalmente na Austrália e na Europa (para onde se mudou), conseguindo
vender 50 milhões de discos. 48 CRASH, canção supostamente sobre andropausa que
atinge os homens aos 48 anos, foi lançada originalmente em single, sendo depois
incluída no seu álbum de estreia autointitulado (1973), sucesso mundial, exceto
nos EUA onde não entrou sequer entre os 100 mais.
294) JOAN BAEZ – DIAMONDS AND RUST
Maior representante feminina da contracultura e da geração flower power,
a cantora folk americana de pai mexicano, foi a grande porta-voz dos anseios
por mudanças e da música de protesto, sendo uma das mais destacadas atrações no
Festival de Woodstock. Em sua vasta discografia, abriu espaço para clássicos de
Woody Guthrie, Jackson Browne, Donovan, Beatles, Simon & Garfunkel, Leonard
Cohen, Bob Marley, Violeta Parra, Villa-Lobos, Zé do Norte e, claro, Bob Dylan
para quem abriu as portas para tornar-se uma lenda, quando era apenas um obscuro
artista folk, com ele se apresentando no Newport Folk Festival de 1963. Sua
relação afetiva com Dylan foi tema de sua canção mais popular, DIAMONDS AND
RUST (que também nomeia o álbum que a contém de 1975). A canção foi regravada
pelo Judas Priest no álbum SIN AFTER SIN (1977), versão que recebeu a bênção da
autora.
295) SOFT CELL – TAINTED LOVE
Uma canção esquecida, lado B de um single de 1964 da cantora de soul
norte-americana Gloria Jones, foi desencavada pelo duo inglês Marc Almond &
David Ball. Curiosamente, o roqueiro Marc Bolan, namorado de Gloria, percebendo
o potencial da canção, convenceu-a a regravar 10 anos após a original, mais uma
vez sem repercussão. Editada em single pelo Soft Cell, TAINTED LOVE alcançou
inesperado sucesso e impulsionou a venda do álbum NON-STOP EROTIC CABARET
(1981). A dupla que planejava um repertório exclusivamente autoral, arriscou
apostar no cover aproveitando a boa receptividade da black music americana na
cena clubber londrina, revestindo-a com nova roupagem. A canção alcançou sucesso
absoluto, tornando-se o 2º single mais vendido na Inglaterra em 1981 e obteve
recorde (atestado pelo Guiness) de 42 semanas de permanência na parada
americana.
296) SUGARCUBES – BIRTHDAY
Não fosse por outra razão, o grupo islandês já teria importância crucial por
ter revelado para o mundo a musa Björk. Mas a banda teve méritos próprios, os
músicos já tinham vivência na cena roqueira de Reyjkyavic e entraram no projeto
por puro prazer pois já estavam profissionalmente estabelecidos. O primeiro dos 3 álbuns que compõe sua enxuta
discografia, LIFE´S TOO GOOD (1988), ainda que tenha saído por uma pequena
gravadora, teve ampla aceitação e, puxado pelo hit BIRTHDAY alcançou sucesso de
vendas, além de amplos elogios, não apenas pelos dotes vocais da vocalista, mas
pelo som fora do convencional que incluía até um incomum trompete, além da
profusão de efeitos eletrônicos. O fim de estrada dos Sugarcubes abriu caminho
para Björk que, a partir de então, construiu uma aclamada carreira solo.
297) MARIANNE FAITHFULL – AS TEARS GO BY
A imagem que se tem hoje da cantora londrina nada tem a ver com essa
balada romântica através da qual se tornou conhecida aos 17 anos. Em coautoria
com Keith Richards, essa canção escrita por Mick Jagger em 1965, ao que consta,
de encomenda para Marianne, sua namorada à ocasião, enquadra-se ao seu estilo
soft de então. A artista deu uma guinada, iniciada com o cultuado álbum BROKEN
ENGLISH (1979) ao abraçar um repertório de blues e jazz que inclui composições
de Leonard Cohen, Tom Waits, Angelo Badalamenti, Noël Coward, Kurt Weill e
Bertolt Brecht, apropriadas à sua voz rouca (sequela de uma severa laringite
decorrente do uso abusivo de drogas) de cantora decadente de cabaré. Seus sérios
problemas de saúde, vários abortos, tentativas de suicídio e perda da guarda do
filho agravados pelo vício em heroína comprometeram a vida e a carreira de Faithfull.
AS TEARS GO BY que tem Jimmy Page ao violão, foi posteriormente gravada com
novo arranjo pelos Stones e pela própria Marianne.
298) LAURIE ANDERSON – O SUPERMAN
Conhecida por ser viúva de Lou Reed, essa artista
performática americana, cineasta, violinista, compositora, vocalista e pioneira
em música eletrônica experimental, possuía um público bastante seleto para sua
arte multimídia vanguardista. Qual não foi a surpresa quando um single por ela
lançado num restrito circuito alcançou inesperado sucesso, atingindo a
vice-liderança na Inglaterra e puxando as vendas do LP BIG SCIENCE (1982)? O
disco, o 1º de 7 lançados pela Warner, tornou-se mundialmente conhecido,
inclusive no Brasil, apesar de sua estrutura fora dos padrões. O SUPERMAN foi
‘descoberto’ pelo conhecido DJ John Peel, o mago desbravador de talentos da
rádio britânica. O êxito foi mais surpreendente se considerarmos tratar-se de
uma peça de mais de 8 minutos, em que se sobressai a voz eletrônica
hipnotizante de Laurie embalando uma poesia com conteúdo antibelicista, um som
totalmente inusual que se aproxima menos do rock do que de artistas eruditos
como John Cage ou Steve Reich.
299) GERRY & PACEMAKERS – YOU’LL NEVER WALK ALONE
É notável a semelhança entre o surgimento dos Pacemakers e dos Beatles,
seus contemporâneos. Provindos de Liverpool, ambos foram produzidos por George
Martin e empresariados por Brian Epstein. HOW DO YOU DO IT? single de estreia
do G&P foi gravada também pelos Beatles, mas permaneceu engavetada por 30
anos, só sendo lançada na coletânea ANTHOLOGY 1 (1995). Só que, ao contrário de
seus poderosos rivais, a carreira do grupo liderado por Gerry Marsden não teve
fôlego nem conseguiu estender sua fama para fora da Inglaterra. Mas suas
canções singelas com letras ingênuas que embalaram os bailes juvenis
sessentistas, representados no Brasil pela Jovem Guarda, permaneceram na
memória. YOU’LL NEVER WALK ALONE, antiga
composição da dupla Rodgers/Hammerstein tornou-se famosa com a interpretação dos
Pacemakers em 1963, tendo sido adotada como hino pela torcida do Liverpool FC.
300) STEREOLAB – CYBELE´S REVERIE
“O Stereolab nasceu para ser marginal” declarou a metade inglesa da dupla
franco-britânica, o instrumentista Tim Gane em entrevista à Folha, frase que
soa como uma declaração de princípios. De fato, o duo apesar de vendas
irrisórias (concentradas sobretudo na Inglaterra) é cultuado por quase todos os
músicos antenados em novas tendências por suas experimentações. O som hipnótico
do grupo bebe em fontes que vão do krautrock alemão ao rock alternativo
passando pela MPB. Aliás, o duo teve boa parte de sua discografia lançado no
Brasil, tendo afinidade por obras como o CLUBE DA ESQUINA, uma de suas fontes
de inspiração. Laetitia Sadier, a outra metade do casal, que canta, ora em
inglês, ora em francês, e escreve as letras, algumas bem politizadas, fez uma parceria
com o grupo pernambucano Mombojó. EMPEROR TOMATO KETCHUP (1996) foi o álbum com
maior repercussão com destaque para a faixa CYBELE’S REVERIE.
Confira
os 100 maiores rocks:
http://oquedemimsoueu.blogspot.com/2020/06/os-100-maiores-rocks-do-seculo-xx-1a.html
Confira
os 200 maiores rocks:
https://oquedemimsoueu.blogspot.com/2021/12/os-200-maiores-rocks-do-seculo-xx-6.html
Confira
os 300 maiores rocks
https://oquedemimsoueu.blogspot.com/2024/07/os-300-maiores-rocks-do-seculo-xx-11.html
Um comentário:
Muito bom. Acompanhei todos.
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