sexta-feira, 8 de novembro de 2024

ROCK BRASIL - OS 200 MAIORES ROCKS NACIONAIS DO SÉCULO XX (6ª PARTE)

  Em sequência ao levantamento referente aos 100 maiores rocks nacionais do século XX, acrescentamos mais 100 itens, atendendo a sugestões sobre omissões na lista anterior, acrescentando canções que não poderiam deixar de figurar na relação, segundo as condições de receptividade do público (traduzida por vendas e execução nas rádios) e relevância dentro do cenário musical. Dois critérios foram estabelecidos: a) apenas canções do período 1959/2000; b) cada intérprete com direito a apenas uma canção.

 

101) NOVOS BAIANOS – MISTÉRIO DO PLANETA

O conjunto baiano que reuniu, dentre outras feras, Moraes Moreira, Luiz Galvão, Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor, Dadi e Jorginho Gomes, caracterizou-se por uma bem sucedida fusão de ritmos que incluía baião, frevo, samba, bossa nova, chorinho e rock, influenciados pela tropicália e pelo movimento da contracultura que reverberou inclusive na vida comunitária que praticavam.  Seu segundo álbum, ACABOU CHORARE (1972), é unanimemente considerado um dos maiores discos brasileiros de todos os tempos (senão o maior), recheado de hits como PRETA PRETINHA, BRASIL PANDEIRO, A MENINA DANÇA, BESTA É TU e MISTÉRIO DO PLANETA. Essa última, interpretada por Paulinho Boca, com melodia de Moreira e uma intrigante letra existencial de Galvão, finaliza com um belo solo de guitarra de Pepeu.

 

102) KIKO ZAMBIANCHI – PRIMEIROS ERROS (CHOVE)

O cantor e compositor paulista teve, em seu debut álbum CHOQUE (1985), os 2 grandes êxitos que marcaram sua carreira: ROLAM AS PEDRAS (que já havia tido uma boa aceitação como single) e PRIMEIROS ERROS. A gravadora EMI não botou fé nessa última e Kiko fez divulgação corpo a corpo nas rádios e a música acabou estourando. Kiko ficou sumido durante bom tempo, até que o Capital Inicial convidou-o a participar do seu ACÚSTICO MTV para interpretar, a seu lado, a canção que surpreendentemente se consagrou como a de maior sucesso do especial, voltando à baila 15 anos depois do lançamento.

 

103) HERÓIS DA RESISTÊNCIA – ESSE OUTRO MUNDO

Após sua conturbada saída do Kid Abelha onde era, além de baixista, o cérebro e o principal compositor, Leoni formou os Heróis da Resistência, com uma pegada mais roqueira e da qual era líder absoluto, o que lhe permitiu colocar em prática sua reconhecida habilidade de letrista. O grupo carioca durou apenas 3 álbuns, sendo o primeiro, de 1986, de longe o que obteve maior repercussão e o que agrega os principais êxitos: DOUBLÉ DE CORPO, ESSE OUTRO MUNDO e a balada melosa SÓ PRO MEU PRAZER. Esta última tornou-se sucesso popular, regravada por nomes como os pagodeiros Jeito Moleque, os sertanejos Bruno & Marrone e a banda teen Rebeldes, além de fazer parte da trilha da novela global Hipertensão.

 

104) ARRIGO BARNABÉ – CLARA CROCODILO

O álbum CLARA CROCODILO (1980) é uma das mais revolucionárias obras de música brasileira, rompendo paradigmas, ao agregar à música pop elementos atonais e dodecafônicos, próprios da música erudita contemporânea. Muitos classificam o disco como uma ópera-rock e comparam o som de Arrigo ao do compositor e multi-instrumentista americano Frank Zappa, categorizações que Arrigo rejeita. Seja como for, sua música é difícil de ser rotulada, embora sua importância seja inquestionável. O músico viria a gravar um outro álbum nos mesmos parâmetros, TUBARÕES VOADORES, em 1984 (inspirado numa história em quadrinhos do cartunista Luís Gê), com participação de Rita Lee e Paulinho da Viola.

 

105) LEO JAIME – SETE VAMPIRAS

Além de mentor da banda rockabilly João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, o cantor goiano fez carreira solo, além de atuar como ator e comentarista da TV. Seu polêmico álbum inicial, PHODAS C, teve problemas com a censura (a começar pelo título), tendo tido sua distribuição liberada apenas ‘para maiores de 18 anos’. A faixa SÔNIA (adaptada de SUNNY, sucesso de Chris Montez de 1966) teve proibida sua execução no rádio. Seu disco de maior sucesso, SESSÃO DA TARDE (1985), a seguir, revelou os hits FÓRMULA DO AMOR (participação do Kid Abelha), SOLANGE (versão de SO LONELY do Police, em que alfinetou a censora Solange Hernandes que implicara com seu álbum anterior) e AS SETE VAMPIRAS, trilha da comédia homônima, na qual Leo atuou como ator.

 

106) HERVA DOCE – ERVA VENENOSA

Banda de rock básico formada por Marcelo Sussekind e Renato Ladeira, lançou 4 álbuns emplacando 2 grandes hits: AMANTE PROFISSIONAL, pertencente ao álbum homônimo (1985) e ERVA VENENOSA, original do grupo norte-americano The Coasters, que recebeu inúmeros covers (Rolling Stones, Hollies, Dave Clark Five...). Em português, foi gravada por Golden Boys, Rita Lee e até pelas Chiquititas.  A versão do Herva Doce esteve presente no 1º álbum do grupo (1982), disco que contém também NÃO FAZ SENTIDO (regravada por Ney Matogrosso). Renato, o vocalista da banda e fundador do grupo A Bolha, falecido em 2015, foi o co-autor de um dos maiores sucessos de Cazuza, FAZ PARTE DO MEU SHOW.

 

107) SOULFLY – UMBABARAUMA

Ainda que originária dos EUA, a banda é reconhecida como nacional por ser dissidência do Sepultura, face à saída de Max Cavalera devido a divergências com o irmão Igor (os dois voltariam a se unir no projeto Cavalera Conspiracy em 2007). Integrava também a banda Jackson Bandeira, egresso do Nação Zumbi. Em meio às faixas do álbum de estreia (1998), UMBABARAUMA (PONTA DE LANÇA AFRICANO), cover de Jorge Ben Jor (álbum ÁFRICA BRASIL), homenagem a um jogador africano de futebol. Única brasileira a ingressar na lista das 500 canções de todos os tempos da Rolling Stone (versão 2021), ficou também em evidência após regravação que uniu Ben Jor e Mano Brown dos Racionais.

 

108) DEFALLA – CAMINHA

A banda gaúcha caracteriza-se pela criatividade e pela mistura anárquica de ritmos. O auge veio com o álbum de 1992 KINGZOBULSHITBACKINFULLEFECT92 que, em 24 faixas, quase todas de pequena duração (inclusive SATISFACTION dos Stones e SOSSEGO do Tim Maia), traz uma fusão de MPB, rock, funk e hip hop. O disco, lançado pelo selo Cogumelo, especializado em metal (responsável pelos 2 álbuns iniciais do Sepultura), foi premiado como álbum do ano pela revista Bizz. Marca também a saída do guitarrista e vocalista Edu K que partiria para a carreira solo, retornando mais tarde. Na virada do século obtém sucesso radiofônico com a canção POPOZUDA ROCK’N’ROLL que desagrada os fãs que a julgam apelativa.

 

109) TOKYO – GAROTA DE BERLIM

O grupo new wave (depreciativamente chamado de ‘punk de boutique’) que revelou o cantor e compositor Supla, filho do casal de políticos Eduardo e Martha Suplicy, teve curta duração, com 2 álbuns, dos quais apenas o primeiro de 1985 alcançou êxito graças às faixas HUMANOS, que nomeou o disco, e GAROTA DE BERLIM. Esta contou com a participação nos vocais de ninguém menos que Nina Hagen. Ao que consta, a canção já se encontrava pronta, tendo sido a cantora alemã, que participava do Rock in Rio, convidada a dar uma canja, iniciando-se um breve affair romântico entre ela e Supla. O álbum contou também com a participação de Cauby Peixoto. Após a dissolução do grupo, Supla formaria a banda Psycho 69, além de desenvolver carreira solo.

 

110) ROGÉRIO SKYLAB – MATADOR DE PASSARINHO

Uma das figuras mais controversas do BRock, o músico, compositor e escritor carioca tornou-se famoso por provocar escândalos com seu humor negro e suas letras escatológicas e politicamente incorretas. Um exemplo é a TRILOGIA DO CU, com 3 álbuns inspirados numa declaração de Lulu Santos de que a MPB estava retornando à fase anal. Em MATADOR DE PASSARINHO, (presente no álbum SKYLAB I de 1999) faz um contraponto a PASSAREDO de Chico e Francis Hime em que arrola nomes de pássaros “que servem de tiro ao alvo para espantar o tédio”. Por trás da iconoclastia, um artista inquieto que flerta com a vanguarda da MPB, tendo trabalhado em sua extensa discografia com nomes como Arrigo, Mautner, Macalé, Fausto Fawcett, Robertinho do Recife e Lívio Tragtenberg.

 

111) MAGAZINE –SOU BOY

A história do rock passa necessariamente pelo paulistano Kid Vinil, um dos maiores experts no assunto. Colecionador aficionado, tinha mais de 20 mil discos. Além da atuação como DJ, jornalista e apresentador de programas no rádio e TV, teve intensa atividade musical, fundando as bandas Verminose, Heróis do Brasil (ao lado do guitarrista André Christovam) e Magazine, esta a que rendeu maiores frutos comerciais. A sonoridade do grupo era uma mistura de punk, new wave e rockabilly, com letras humoradas. Teve 2 super-hits: TIC TIC NERVOSO, lançada em compacto (com capa desenhada pelo cartunista Angeli), e SOU BOY que fez parte de seu álbum de 1983, com participação do Joelho de Porco (com Zé Rodrix), Júlio Barroso (Gang 90) e das cantoras Vânia Bastos e May East. A edição em CD incluiu TIC TIC NERVOSO como faixa bônus.


112) MOTO PERPÉTUO – VERDE VERTENTE

O único registro fonográfico do grupo tem importância dupla: por ter sido um dos maiores representantes do rock progressivo nacional e por ter marcado o início da carreira de Guilherme Arantes, ao abandonar o curso de arquitetura na FAU/USP. O álbum (1974) foi relançado com os nomes dos integrantes na capa. Guilherme nutre bastante orgulho dessa fase em que foi influenciado tanto pelo movimento do Clube da Esquina como por expoentes do rock progressivo inglês e italiano (Yes, EL&P, PFM etc.). A faixa VERDE VERTENTE revela o esmero na poesia (“semeio-me sem forçá-lo, muitos anos já me bastaram até esse dia”). A formação do grupo foi o pontapé inicial da bem sucedida carreira individual do artista paulistano, iniciada com MEU MUNDO E NADA MAIS, de seu 1º álbum solo de 1976.

 

113) ALVIN L – EU NÃO SEI DANÇAR

Um dos mais profícuos compositores da música pop, foi gravado, dentre outros, por Milton Nascimento, Leila Pinheiro, Ana Carolina, Zélia Duncan, Belô Veloso, Marina, Lulu Santos, 14 Bis, Ritchie, Frejat, Leo Jaime, Leoni, Ira!,  Sandy & Jr, mas principalmente Capital Inicial que dele gravou  NATASHA, OLHOS VERMELHOS, NÃO OLHE PARA TRÁS, EU NUNCA DISSE ADEUS, TUDO QUE VAI, CORAÇÃO VAZIO, VAI E VEM, LADO ESCURO DA LUA, QUATRO VEZES VOCÊ, TODAS AS NOITES, MELHOR DO QUE ONTEM, EU VOU ESTAR, MAIS, AQUI, PASSOS FALSOS e mais uma pá de outras, a maioria em parceria com Dinho Ouro Preto. Com tantas composições de sucesso, a carreira de intérprete do músico carioca (baiano de nascimento), registrada num único álbum (1997), ficou relegada a segundo plano.

 

114) UNS E OUTROS – CARTA AOS MISSIONÁRIOS

Os anos 80 ficaram marcados pela profusão de grupos nacionais de rock que despontaram no cenário musical. A banda carioca foi uma das que alcançou êxito meteórico com seu álbum de 1988, graças aos singles a ele incorporados, OLHOS VERMELHOS e CARTA AOS MISSIONÁRIOS, uma crítica ao belicismo. Com a ascensão, pipocaram controvérsias pela semelhança com o Legião Urbana, motivando inclusive manifestações de Renato Russo que expressou preocupação de que o público confundisse as 2 bandas. Apesar disso, a revista Bizz elegeu-os banda revelação de 1990, ano do seu 3º álbum, a partir do qual entraram em ostracismo até os anos 2000, quando voltaram às atividades. Ficou famosa sua versão de DIA BRANCO, clássico de Geraldo Azevedo.

 

115) TIGRES DE BENGALA – ELEFANTE BRANCO

Não chega a ser propriamente uma banda mas um ‘projeto’ envolvendo renomados músicos: Vinícius Cantuária, Ritchie, Cláudio Zoli, Mú Carvalho e Dadi (esses 2 da Cor do Som) e  Billy Forghieri (da Blitz). Seu único álbum (1993) emplacou AGORA OU JAMAIS (tema da novela Olho por Olho) e ELEFANTE BRANCO (coautoria com Evandro Mesquita) que trata dos desafios de encarar o avanço da idade. Logo após o lançamento do álbum, o supergrupo carioca dissolveu-se e os integrantes passaram a dedicar-se a suas carreiras individuais. O LP e o CD tornaram-se moscas brancas, vendidos a preço de ouro.

 

116) WANDER TAFFO – ME DÊ SUA MÃO

Em 1985, o guitarrista paulistano abandonou a banda Rádio Táxi (de que tinha, ao lado do pessoal do Tutti Frutti, sido fundador) que produziu inúmeros sucessos (como o mega-hit EVA), para se dedicar à carreira solo, enfatizando suas virtudes como músico. É considerado um dos maiores guitarristas do país, tendo acompanhado Rita Lee, Cássia Eller, Marina, Guilherme Arantes, Secos & Molhados, Made in Brazil, Joelho de Porco e Gang 90. O álbum ROSA BRANCA (1991), ao lado da banda Taffo, revelou a faixa ME DÊ SUA MÃO. A partir de 1997, deixou de lado a carreira artística para dedicar-se a organizar e administrar o IG&T (Instituto de Guitarra e Tecnologia), considerado uma das melhores escolas de música do país.

 

117) FAUSTO FAWCETT – KÁTIA FLÁVIA, A GODIVA DO IRAJÁ

Fernanda Abreu foi porta-voz dos 2 maiores hits desse excêntrico artista carioca: KÁTIA FLÁVIA, A GODIVA DO IRAJÁ e RIO 40 GRAUS. A 1ª, gravada originalmente por Fausto em seu debut álbum FAUSTO FAWCETT E SEUS ROBÔS EFÊMEROS (1987), regravada por Fernanda 10 anos depois (álbum RAIO X); e a 2ª, parceria dos 2, pertence ao álbum SLA 2 BE SAMPLE (1992) da cantora carioca. KÁTIA FLÁVIA apareceu nas trilhas de “Tropa de Elite” e “Lua de Fel” (de Roman Polanski). O conjunto Skank emplacou outro êxito, BALADA DO AMOR INABALÁVEL, parceria com Samuel Rosa, presente no álbum MAQUINARAMA (2000) do grupo mineiro. Fausto, além de cantor, compositor e guitarrista, é escritor, jornalista e dramaturgo. Apesar do som experimental e anticomercial, conseguiu um contrato com a Warner para 2 discos, o já citado e IMPÉRIO DOS SENTIDOS (1989), produzido por Herbert Vianna.

 

118) BLUES ETÍLICOS – SAN-HO-ZAY

“Onde termina o blues e começa o rock?” é a pergunta que não quer calar. Escutando o rock praticado por bandas cruciais dos anos 70 como Led Zeppelin, Stones, Deep Purple, Canned Heat, Fleetwood Mac e Cream, entendemos quão difícil é separar os 2 gêneros. O Brasil tem boas indicações de nomes que atuam nesse campo de tênue separação como Nuno Mindelis e André Christovam. O grupo carioca Blues Etílicos, requisitado para abrir shows de lendas como B B King, Buddy Guy e Robert Cray, é outro expoente com uma longeva carreira e uma extensa discografia dedicada ao estilo, cantando ora em inglês ora em português. SAN-HO-ZAY, tema original de Freddie King, pertence ao álbum homônimo (1990) que, ainda que lançado pela pequena gravadora Eldorado, foi um dos discos de blues nacional mais vendidos da história.

 

119) DALTO – PESSOA

Não deve ter sido fácil para Dalto abandonar a carreira de Medicina pela qual estava formado há 3 anos, para se dedicar à música. Mas certamente foi uma sábia decisão. O cantor e compositor carioca tornou-se uma usina de hits, inclusive na voz de outros intérpretes. De início, BEM-TE-VI, maior sucesso de Renato Terra. Seguiram-se LEÃO FERIDO, êxito da carreira de Byafra, ANJO com Roupa Nova, ESPELHOS D’ÁGUA com Patrícia Marx e PESSOA que aconteceu na interpretação de Marina Lima (mas que também fez sucesso na voz do autor). Essas 3 últimas integram o álbum PESSOA de 1983. Mas o grande hit do artista carioca foi de fato, MUITO ESTRANHO, lançado no álbum homônimo (1982) e em compacto, cujas vendas superaram 800 mil cópias.

 

120) MANDUKA – BRASIL 1500

Esse cantor e compositor carioca tem uma trajetória peculiar e riquíssima. Filho do poeta Thiago de Mello, trabalhou com os diretores Glauber Rocha e Augusto Boal, gravou com o lendário grupo chileno Los Jaivas e com Naná Vasconcelos (LP LE CHANT DE MONDE, lançado na França), foi parceiro de Geraldo Vandré (canção PÁTRIA AMADA, IDOLATRADA, SALVE SALVE) e de Dominguinhos (canção QUEM ME LEVARÁ SOU EU, vencedora do FIC da TV Tupi de 1980). A convite de Pablo Milanés, visitou Cuba onde gravou o álbum SÉTIMA VIDA. Compôs trilhas para a TV, além de ter sido escritor a artista plástico. Não bastasse isso tudo, foi um expoente do rock nacional com toque latino. De seu 1º disco lançado no Brasil em 1979, que conta com a presença da cantora venezuelana Soledad Bravo, destaca-se a desbundante faixa BRASIL 1500 de 10 minutos de duração.

 

 

 

 

OS 100 MAIORES ROCKS NACIONAIS DO SÉCULO XX:

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